domingo, 24 de março de 2013

Tragédias em sequência - PEDRO PORFÍRIO



O panorama visto da serra e da baixada é a insólita repetição de tragédias fatais. De enxurradas mortais ao primeiro aguaceiro. As mesmas, com as mesmas dores e os mesmos prenúncios. Filme que se repete como uma afronta, numa sequencia macabra horripilante. CRIMINOSA.


Antes das águas, milhões de reais rolaram por lá. Grana preta. Dos nossos impostos. Do nosso sacrifício. Para onde foram? Para o bolso de uma rede de quadrilhas famigeradas, de canalhas bem sucedidos na política e na vida empresarial. Canalhas que deitam e rolam. Que estão por cima da carne seca com o único propósito: o enriquecimento fácil pela apropriação indébita do alheio, sem ligar para as consequências, por mais trágicas que sejam.


Tragédias em sequência


O antigo Hospital de Bonsucesso, que já foi excelência, deixou de fazer transplantes de rins em crianças por falta de médicos. Não há outro preparado para esse tipo de atendimento. Só depois do leite derramado o Ministério da Saúde resolveu correr atrás.


Casas e apartamentos para vítimas de desabamentos em Niterói e Duque de Caxias ameaçam desabar. Obras que saíram de programas rocambolescos foi dinheiro jogado fora. E não são as únicas nesse desmazelo.


Duas grandes redes privadas de ensino deram cano nos funcionários e nem iniciaram as aulas, afetando milhares de estudantes. E a divulgação de redações com notas máximas no ENEM exibe erros grosseiros de ortografia, desprezados pelos examinadores.



Essas são apenas algumas erupções de um organismo social e político em adiantado estado de putrefação.

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