CIDADE DO VATICANO, 12 Set 2013 (AFP) - O papa Francisco recebeu na quarta-feira pela primeira vez o padre peruano Gustavo Gutierrez, considerado um dos pais da Teologia da Libertação, indicou nesta quinta a assessoria de imprensa da Santa Sé.
Essa audiência privada não havia sido anunciada oficialmente. A reunião pode ser vista como um passo para uma reabilitação completa da corrente, nascida na América Latina na década de 1970.
A Teologia da Libertação por muito tempo despertou suspeitas do Vaticano, que temia desvios marxistas.
O Osservatore Romano já havia dedicado na semana passada um grande espaço à publicação na Itália de um livro já publicado em 2004 na Alemanha, que tem como autores o arcebispo alemão Gerhard Ludwig Müller, atual prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício) , e Gutierrez, de 85 anos de idade.
O livro foi intitulado: "Em nome dos pobres, Teologia da Libertação, a Teologia da Igreja".
Este encontrou acontece em um contexto favorecido pela eleição do primeiro papa latino-americano.
Nomeado pelo papa Bento XVI, Müller, como arcebispo na Baviera, tinha estabelecido relações amistosas com o padre Gutierrez, um teólogo que nunca foi censurado ou punido pelo Vaticano.
A briga entre o Vaticano e a Teologia da Libertação data do pontificado do Papa João Paulo II, que afirmou em 1979 que "a concepção de Cristo como um homem político, revolucionário, como o subversivo de Nazaré, não correspondia à catequese da Igreja".
O então prefeito para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger, futuro Bento XVI, havia punido vários teólogos, acusando-os de uma análise marxista da Bíblia. Um desses teólogos foi o brasileiro Leonardo Boff.
O arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, defensor de uma Igreja dos pobres, sempre foi crítico em relação à Teologia da Libertação, pelas mesmas razões.
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