sábado, 23 de novembro de 2013

BRASIL- O IMPÉRIO DOS BANDIDOS


O ex-ministro José Dirceu e o deputado federal José Genoíno, que tiveram a prisão decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 15 de novembro por seu envolvimento no escândalo do Mensalão em 2005, receberam um apoio de peso. Inspirados pelo exemplo dos petistas, que se declararam "presos políticos", os líderes das facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, Marcos Willians Herbas Camacho (vulgo Marcola) e Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, Luiz Fernando da Costa (o Fernandinho Beira-Mar), presos desde 2001, lançaram hoje, dia 17, um manifesto no qual protestam de forma veemente contra a "forma arbitrária e antidemocrática" com que foram condenados, e se declaram, também, presos políticos.

No manifesto - chamado de "salve" na gíria criminal -, Marcola e Beira-Mar expressam total apoio e solidariedade aos doze condenados cujos mandados de prisão foram expedidos na última sexta-feira. Não foram poupadas palavras duras ao ministro do STF Joaquim Barbosa, que decretou a prisão imediata dos acusados: "negro traidor" e "capitão-do-mato a serviço da elite conservadora" são alguns adjetivos assacados contra Barbosa. O manifesto também acusa a "mídia burguesa" e os "interesses capitalistas" pelas detenções. "Nesse momento difícil que os manos companheiros presos políticos Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio, Valério, Pizzolato e outros estão atravessando, queremos mandar um salve e manifestar todo nosso apoio e solidariedade. Também nos consideramos presos políticos", afirma o texto do manifesto. "Assim como vocês, somos vítimas inocentes do sistema, punidos injustamente e sem provas por termos lutado por um mundo melhor, mais justo, fraterno e solidário".

A nota louva ainda Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, e Genoíno, ex-presidente nacional do PT, chamando-os de "heróis da luta pela democracia" e "guerreiros do povo brasileiro". Quanto a Dirceu, o texto credita sua prisão a uma "perseguição das forças reacionárias que dominam há quinhentos anos este país" e à "inveja da elite". Esta não se conformaria, segundo o texto, em consumir apenas vinhos nacionais e de segunda categoria, "mordendo-se de inveja por não poder, como Dirceu, desfrutar um Romané Conti de 2 mil reais a garrafa todo café da manhã".

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