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Durante audiência pública para debater o Mais Médicos, na tarde desta segunda-feira (25), em Brasília, o programa foi alvo de críticas de um dos profissionais inscritos. O médico brasileiro William José Bicalho citou casos de receitas prescritas com erros por estrangeiros que vêm sendo denunciados.
"Não tenho nada contra médico cubano ou argentino, sou contra a forma como estão trazendo esses profissionais. Será que eles sabem tratar tuberculose ou hanseníase? Ninguém sabe dizer. Isso é gravíssimo!", disse. "A pessoa que se forma em medicina no Brasil se dedicou ao máximo, mas o governo não a está tratando com respeito", afirmou, também.A audiência, que deve terminar nesta terça-feira (26), diz respeito a ações que contestam dispositivos da Medida Provisória 621/2013, que instituiu o programa Mais Médicos, alterando o funcionamento dos cursos de graduação em Medicina, a formação dos profissionais e viabilizando a contratação de médicos estrangeiros para atuarem junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente no âmbito do atendimento familiar.
Bicalho também comentou que se formam mais de 20 mil profissionais por ano e que a pergunta a ser feita é "por que eles não querem trabalhar em postos ou regiões distantes". Ele próprio respondeu: "Faltam incentivos, leis, décimo terceiro salário, férias... Tenho certeza de que a maioria estaria trabalhando no programa, já que a prioridade é do medico brasileiro que se dispôs a prestar vestibulares concorridíssimos, a fazer cursos integrais, plantões de fins de semana e, muitas vezes, a morar longe da família".
O médico diz que sabe de profissionais que estavam tentando se inscrever no programa, mas que não conseguiam terminar de preencher os dados no site oficial e que, ao entrarem em contato no número de telefone disponível, ouviam que, por enquanto, as inscrições para brasileiros não estavam abertas.
"Espero não ser perseguido ou sofrer represálias pelo que estou falando aqui", confessou. Ao que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) que presidia a sessão, Marco Aurélio Melo, comentou: "Imaginei um equívoco, que não se tratasse de um participante do programa Mais Médicos. Somente espero que, ante a sua honestidade de propósito aqui relevada, não haja retaliações".
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