O economista Joaquim Levy viveu a maior parte das últimas duas décadas no setor público, como secretário do Tesouro e da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo.
DINHEIRO ? A caderneta é o investimento mais popular e o mais tradicional do Brasil. Por que mudar?
JOAQUIM LEVY ? Todo país tem de ter um instrumento simples para os pequenos poupadores, mas, em todos esses países, esse instrumento tem limites. A França, que não é um modelo de capitalismo selvagem, tem algo muito parecido com a nossa poupança. É o Livret A, mas que tem um teto de E 15 mil por pessoa. No Brasil é muito diferente. Um instrumento como a caderneta de poupança não tem limite de aplicação, não paga imposto e tem um rendimento parecido com o da taxa Selic em alguns momentos. Quando os juros voltarem a cair, a poupança vai competir com outras aplicações.
DINHEIRO ? A alternativa seria estabelecer um limite de aplicação para a poupança, por exemplo?
LEVY ? Sim. Dá para pensar em muitas alternativas, mas o ponto fundamental é garantir que haja um instrumento de poupança para o pequeno poupador, que seja simples, seguro e inteligível. Se houver um limite, como na França, é possível até melhorar a remuneração para o investidor. Se lá o limite é de E 15 mil, no Brasil poderia ser algo em torno de R$ 20 mil. Assim, a poupança continuaria servindo os investidores de baixa renda e não provocaria distorções no sistema.
DINHEIRO ? Mas hoje os recursos da poupança são utilizados para a habitação. Não haverá prejuízo para esse setor?
LEVY ? Os recursos da poupança têm de ser usados para financiar a habitação. Como falar, porém, de empréstimos de 30 anos quando a liquidez da poupança é imediata? Quando as aplicações individuais são pequenas, não há problema. Os resgates não são capazes de desequilibrar o sistema. Fazer mudanças desse tipo é algo para presidentes em início de mandato, porque vai sinalizar aos investidores e aos tomadores de empréstimos que tipo de recurso estará disponível. A poupança é um bom instrumento para manter a economia aquecida, mas é algo que foi inventado no início do governo militar e está precisando de uns ajustes. Isso sem falar na questão da tributação
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