terça-feira, 29 de maio de 2012

Gilmar- lula- Jobim




Postado por Villa



Da trágica reunião de Lula, Gilmar e Jobim é possível extrair algumas conclusões:
1. É um absurdo um ex-ministro do STF continuar advogando. É óbvio que uma causa que ele possa defender será vista de forma distinta pelos seus antigos pares (e será procurado por clientes justamente por causa disso, independentemente do valor - certamente "salgado" - dos seus honorários). Além do que, como juiz, teve acesso privilegiado a um conjunto de informações sigilosas e que poderia, em tese, ser usado para favorecer um eventual cliente. Um ministro, quando designado para cargo tão importante, deveria entender que está servindo ao país. Caso considere o salário "baixo", basta recusar a escolha;

2. É inadmissível um juiz ir ao escritório de um advogado, quando o correto (e ético) é justamente o inverso;
3. Conversar com Lula em um escritório de advocacia é anti-ético e imoral, pois Lula é o "réu oculto" do processo do Mensalão, como é sabido;

4. Toda esta confusão poderia ser evita se o STF não demorasse tanto para dar andamento ao processo. A denúncia foi aceita em 2007!!
5. Também o processo já poderia ter sido julgado se o ministro Joaquim Barbosa tivesse realizado mais rapidamente o seu trabalho;

6. A demora do revisor (ministro Lewandovski) é, no sentido jurídico, inexplicável;
7. As pressões de Lula junto aos diversos ministros (Tófolli, Carmén Lúcia, Ayres Brito, Lewandovski) são imorais, baixas, dignas de uma república bananeira e de um ex-presidente que nunca entendeu a importância do cargo que exerceu;

8. Como um ministro do STF conversa com um cidadão que diz a todo momento que o processo é uma farsa e que o Mensalão nunca existiu?

9. A relação promíscua dos Poderes também explica este triste episódio;

10. No Brasil vivemos um simulacro de república.

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