Inspeção do Conselho de medicina constatou superlotação da maternidade de São Gonçalo e atraso na entrega dos exames.
Esta notícia foi manchete ontem em toda imprensa do Rio de Janeiro. Brasileirinhos e brasileirinhas que mal acabaram de nascer, tiveram suas vidas ceifadas pelo provável descaso com a saúde pública e ausência do Estado, pelo menos na fiscalização dessa situação caótica em que se encontra a saúde em todo território nacional, como temos diuturnamente assistido e lido nos veículos de informação que nos transmitem a banalização da vida. Sim, a banalização da vida de grande parte da comunidade de pobres e até miseráveis que necessitam do poder público para o alívio de seus males físicos, que acabam servindo como massa de manobra po...lítica para governantes.Resta agora serem achados culpados, que de modo algum justificarão as pequeninas e inocentes vidas perdidas covardemente, entretanto caberão algumas perguntas:
A maior culpa será relacionada com a superlotação hospitalar, com a falta de investimentos no setor de saúde pública, com a ausência de fiscalização pelos órgãos competentes, pela terceirização de exames, etc?Quanto à superlotação caberá outra óptica sobre o pernicioso problema que se repete constantemente na rede pública hospitalar:
- A administração do hospital para evitar a superlotação deveria não receber as gestantes e futuras parturientes, que excederiam sua capacidade de atendimento?
Bem, nesse caso poderiam apresentar a justificativa que se negando ao atendimento estariam incorrendo no crime de omissão de socorro, portanto, cumprindo o juramento de salvar vidas, os médicos não poderiam se abster ao atendimento e procedimentos necessários ao que até então julgariam ser o convenientemente correto.
Enfim, prevaleceu o nada neste caso, O NADA da ausência governamental que na atual conjuntura se preocupa mais com as obras preparatórias para a mal fadada Copa do Mundo, o NADA no cumprimento do dever dos órgãos fiscalizadores, que como sempre só aparecem depois das tragédias, o NADA que representa vidas inocentes que se perdem por falta de estrutura do desgoverno, o NADA que deixou de ser o mínimo oferecido pelo Estado para a população ordeira, trabalhadora e sofrida que acaba não tendo direito ao SIMPLESMENTE NADA.
Agora, só resta o choro convulsivo de pais e mães à beira das sepulturas de seus rebentos, que de NADA adiantará para comover os responsáveis por tamanha desgraça, pois, cìnicamente aparecerão sorrindo em fotos de jornais, nas entrevistas das TVs, preparando-se para um novo pleito eleitoral, quando em sendo eleitos, poderão sòrdidamente arquitetar novas maneiras de enganar os eleitores, que distraìdamente ainda continuam acreditando em suas falsas promessas de campanha!!!! Parece que estamos voltando aos tempos de SODOMA E GOMORRA!!!
DESCULPEM-ME, PORÉM, NÃO POSSO ME MANTER CALADO DIANTE DE TANTAS BARBARIDADES!
ANGELO DE CATENDE
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