domingo, 29 de julho de 2012

Como diz o dito popular, "quem tem, tem medo". Os Castro brothers já estão se "vacinando".




Raúl Castro acusa opositores de querer 'revolta síria' em Cuba


O ditador cubano, Raúl Castro, acusou nesta quinta-feira "pequenos grupos" opositores de querer provocar no país o mesmo ocorrido na Líbia e na Síria. A afirmação foi feita durante as comemorações do 59º aniversário da invasão ao Quartel Moncada, em um ato na cidade de Guantánamo (leste), perto da base militar americana.

Na comemoração da primeira ação armada revolucionária, o presidente cubano
convocou Washington a um diálogo "em igualdade de condições", um dia depois de os Estados Unidos terem exigido uma investigação "a fundo e transparente" da morte do opositor Oswaldo Payá em um acidente de carro no domingo passado.

O governante comunista criticou "alguns pequenos grupos" opositores que esperam que "ocorra aqui algum dia o (que aconteceu) na Líbia" ou "o que pretendem fazer com a Síria", em alusão às rebeliões e intervenções nestes países.
No entanto, Raúl não fez referência à morte do proeminente opositor Payá, que faleceu depois que o carro em que viajava bateu em uma árvore, segundo a versão oficial, que tem sido questionada por dois de seus filhos.



Em um improviso incomum, Raúl Castro reiterou uma proposta de diálogo com os Estados Unidos: "O dia em que quiserem, a mesa está pronta; já foi dito a eles pelos meios diplomáticos".

"Vamos discutir (as desavenças), vamos discutir tudo de Cuba, mas em igualdade de condições (...) Mas vamos discutir também os temas dos Estados Unidos e estamos iguais", afirmou.

INVESTIGAÇÃO

Washington exigiu na quarta-feira uma investigação "a fundo e transparente" da morte de Payá, que faleceu no acidente ocorrido em uma estrada próxima a Bayamo (744 km a sudeste de Havana), segundo a versão oficial, mas seus filhos afirmam que o carro foi tirado da estrada por outro veículo.
"Para o interesse de todos, o governo cubano deveria fazer uma investigação aprofundada e transparente porque se deveria saber o que aconteceu", afirmou o vice-secretário de Assuntos Públicos do Departamento de Estado americano, Mike Hammer, ao responder a perguntas em espanhol de usuários do microblog Twitter.

O ato político-cultural comemorativo da ocupação do Quartel Moncada começou pouco após o amanhecer em uma praça de Guantánamo, com a presença de milhares de pessoas.

"Este foi um ato exemplar, como deveriam ser todos os atos (...) e durou apenas 55 minutos", disse, sorridente, Raúl Castro, de 81 anos, vestindo uniforme de general.

Durante os 48 anos de governo de Fidel Castro, que passou o comando ao irmão, Raúl, em 2006 devido a problemas de saúde, estes atos duravam horas.

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