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O Livro "1968, o que fizemos de nós", do jornalista Zuenir Ventura, revela que José Dirceu, acusado de ser o "chefe da quadrilha" do mensalão, e que o ministro do STF Celso de Mello eram colegas; "Em 1968, José Dirceu e Celso de Mello moravam numa república de estudantes em São Paulo" IVANI BRASIL
Quem abrir o livro à página 48, vai encontrar o capítulo Há um meia-oito em cada canto. Vai saber que, nos idos de meia-oito, José Dirceu, acusado de ser o chefe da quadrilha do mensalão, era um dos mais influentes líderes do movimento estudantil. E que o ministro Celso de Mello, o decano do tribunal que está julgando Dirceu juntamente com toda a quadrilha, era praticamente colega do político. Em 1968, José Dirceu e Celso de Mello moravam numa república de estudantes em São Paulo, visitada frequentemente por agentes do Dops, conta o livro.
Os dois trilharam caminhos diferentes. Dirceu foi para a militância e Mello para os estudos. Mas, em suas respectivas trincheiras, defenderam os mesmos ideais de liberdade. Celso de Mello relembra o momento difícil que enfrentou como orador da turma de promotores aprovados no concurso do Ministério Público. Eu precisava protestar contra o regime ditatorial, e fiz um discurso que não agradou muito ao chamado establishment; não fui aplaudido.
Outros meia-oito ilustres que passaram pelo Supremo Tribunal Federal já estão aposentados. Sepúlveda Pertence, que deixou o Supremo em 2007, foi vice-presidente da UNE (1959-1960) e professor da UnB (1962-1965), cargos dos quais se viu afastado à força pelo regime dos generais. Hoje é integrante da Comissão de Ética Pública, ligado à presidência, criada justamente para evitar que novos mensalões aconteçam.
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