domingo, 18 de dezembro de 2011

O controverso premiê Vladmir Putin é uma espécie de czar da Rússia moderna



Quando a bandeira tricolor da Rússia foi hasteada em frente ao Kremlin, na noite de 25 de dezembro de 1991, o Ocidente festejou a vitória do capitalismo e da democracia. As imagens de televisão — transmitidas com a ajuda de uma tecnologia que só se desenvolveu graças à Guerra Fria — mostravam a derrota da foice e do martelo e enalteciam a promessa de nações livres e justas. Passados quase 20 anos, os países da extinta União Soviética conheceram a economia de mercado, suas vantagens e desvantagens. Politicamente, no entanto, ainda não conseguem se desvencilhar da figura do líder, uma espécie de czar dos tempos modernos que tem a incumbência de salvar a pátria.


Na Rússia, esse político é Vladimir Putin, um homem que ocupou a Presidência durante oito anos e, ao que tudo indica, vai voltar ao cargo no ano que vem. Alvo de diversas críticas durante a última semana, vindas de países a oeste do globo, Putin mantém alto nível de popularidade. Do mesmo partido do atual presidente, Dmitri Medvedev, o primeiro-ministro conta com 67% de aprovação entre os eleitores russos, muito embora 30% considerem o governo corrupto. O favoritismo em relação a Putin tem explicações econômicas, sociais e culturais. “Durante sua administração (entre 2000 e 2008), Putin conseguiu restabelecer o orgulho russo, acabando com o caos instalado no governo de Boris Yeltsin”, explica a pesquisadora Lenina Pomeranz, a maior especialista brasileira em história da Rússia.

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