sexta-feira, 4 de maio de 2012

DIZEM QUE A ‘LEI DE PREÇOS’ AFUNDARÁ AINDA MAIS A ECONOMIA VENEZUELANA




Hugo Chávez sancionou uma “Lei de Custos e Preços Justos” que, na verdade, sob o pretexto de ser uma ferramenta antinflacionária, vai na verdade funcionar como uma espécie de “camisa de força” empregada pelo governo socialista para manter o que ainda resta do setor privado venezuelano sob controle estatal, o que, segundo a maioria dos analistas econômicos latinoamericanos (não comprometidos com a ideologia marxista) agravará ainda mais os sérios desequilíbrios econômicos do país. Essa é também uma previsão da empresa texana, a Stratfor (de inteligência e estudos estratégicos), divulgada pela WikiLeaks.

A escassez e o desabastecimento na Venezuela já é uma consequência direta da fuga de capitais privados do país e a nova lei — que atualmente está levando as poucas empresas que ainda restam desse contraído setor a vender seus produtos com prejuízo — destinada a coibir no curto prazo a desenfreada inflação que assola o país, muito provavelmente tornará a escassez e o desabastecimento ainda mais agudo e duradouro.
Ainda por cima, ela deverá estimular os dois fenômenos (escassez e inflação) que, no fundo, são efeitos da mesma causa: a vertiginosa queda do PIB do país provocado pelas insensatas políticas econômicas socialistas do governo autoritário de Hugo Chávez. Tal situação tem tudo para se agravar com a nova lei, que procura onerar ainda mais um setor privado já intensamente reduzido e visto pela “revolução bolivariana” como um refúgio da oposição.

Diz a Stratfor: “o provável efeito da lei será uma maior distorção da economia, a desestabilização dos setores de bens e serviços (já há um considerável êxodo de profissionais liberais e técnicos principalmente do setor petroleiro para os países da vizinhança), o incentivo do mercado negro e a criação de oportunidades para um aumento ainda maior da vasta corrupção governamental alimentada pelo narcotráfico, além da criação de motivos para o estado realizar novas estatizações”.

Trata-se de uma bola de neve perversa que se não for revertida poderá determinar em poucos anos que a Venezuela se torne tão ou mais miserável do que Cuba. E os Venezuelanos nem sequer podem alegar, como alegam os cubanos, que haja qualquer "bloqueio econômico do império americano" ao seu país. E´ o caso de se perguntar para onde estão indo os milhões de dólares que Caracas recebe dos EUA regularmente pela venda do seu petróleo cru ao "império"?
Esse filme nós já vimos no Brasil e, graças às nossas Forças Armadas, saiu logo de cartaz, apesar de ultimamente haver uma nova tentativa de exibi-lo, após uma rápida adaptação gramscista do roteiro...
FRANCISCO VIANA

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