Domingo, 20 de maio de 2012 – Tradução de FRANCISCO VIANNA
Ao que parece, os americanos resolveram falar mais grosso e mais alto com os iranianos. O embaixador Americano em Israel, Dan Shapiro, diz que o planejamento de ataque às instalações nucleares do Irã está “pronto” e “plenamente disponível”. Em declarações levadas ao ar pela Rádio do Exército de Israel, na quinta feira última, Shapiro disse: “Seria preferível resolver isto diplomaticamente e através do uso de pressão o que pelo uso da força militar. Mas, a força militar não significa que apesar de amplamente disponível, não possa ser usada — mas além de disponível, ela está pronta”. “O planejamento necessário já foi feito e está tudo pronto para garantir o emprego efetivo da força militar se assim for decidido”.
Israel deu sinais de que pode lançar um ataque preventivo às instalações do programa nuclear iraniano, país que insiste que o seu programa é para fins pacíficos. Os israelenses não acreditam nas lorotas de Ahmadinejad e diz que o programa é um disfarce para a produção de armas nucleares, com o destino declarado de “varrer Israel do mapa”.
O jornal israelense Haaretz, no entanto, publicou que “muitos analistas acham que os EUA, sozinhos, têm a capacidade de infligir danos definitivos no programa nuclear do Irã”. O premiado jornalista Arnaud de Borchgrave recente disse numa entrevista ao Newsmax que um ataque norteamericano contra o Irã seria “o suprassumo da loucura estratégica” porque fatalmente desencadearia uma escalada de guerra na região que ninguém em sã consciência pode prever no que iria dar.
Mas o Primeiro Ministro israelense, Ehud Barak, há poucos dias, afirmou que “uma república islâmica radical como a do Irã, com armas nucleares, seria bem mais perigosa para a região e, certamente, para o mundo” do que um efetivo ataque e destruição do seu programa nuclear.
Os comentários do embaixador Shapiro ocorreram dias antes da agendada retomada das conversações entre o Irã e os aliados ocidentais em Bagdá.
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