quinta-feira, 16 de agosto de 2012

À procura da mediocridade


CLIQUE NA GRAVURA PARA AMPLIÁ-LA




ARTHUR CHAGAS DINIZ *



Projeto de Lei aprovado na semana passada no Congresso dobra o número de vagas em universidades federais para alunos da rede pública. Isto significa que metade das vagas disponíveis será ocupada pelo critério da origem do cidadão e não, pelo mérito.
A explicação dos congressistas e dos defensores do regime de cotas é que alunos oriundos de escolas privadas são mais bem qualificados do que os oriundos da rede pública de ensino médio. O projeto lembra, de alguma forma, a estória do marido traído em sua própria casa e que, para resolver o problema, tira o sofá da sala.
No caso em questão, ao invés de procurar soluções para melhorar o Ensino Médio, o projeto de lei abre mais vagas para os menos preparados. Ao invés do mérito dos candidatos à Universidade, metade das vagas passa a ser preenchida em função da origem. Se a lógica perversa permanecer, os melhores alunos, cujas famílias têm condições de pagar as mensalidades escolares, procurarão se matricular na etapa de ensino médio em escolas públicas, o que as obrigará a aumentar a oferta de vagas ou, sendo impossível no curto prazo, a realizar exames vestibulares para o grau médio.
Esta sequência de abandono parcial do mérito como critério seletivo, por absurdo poderia estender-se ao 1º grau.

O abandono parcial do mérito e a escolha da origem (pública x privada) para seleção é um desastre. Um país como o Brasil, que tem uma população jovem crescente, não pode tratar o mérito (talento) como variável de segunda ordem.




*PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

*PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

Nenhum comentário:

Postar um comentário