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ARTHUR CHAGAS DINIZ *
Projeto de Lei aprovado na semana passada no Congresso dobra o número de vagas em universidades federais para alunos da rede pública. Isto significa que metade das vagas disponíveis será ocupada pelo critério da origem do cidadão e não, pelo mérito.
A explicação dos congressistas e dos defensores do regime de cotas é que alunos oriundos de escolas privadas são mais bem qualificados do que os oriundos da rede pública de ensino médio. O projeto lembra, de alguma forma, a estória do marido traído em sua própria casa e que, para resolver o problema, tira o sofá da sala.
No caso em questão, ao invés de procurar soluções para melhorar o Ensino Médio, o projeto de lei abre mais vagas para os menos preparados. Ao invés do mérito dos candidatos à Universidade, metade das vagas passa a ser preenchida em função da origem. Se a lógica perversa permanecer, os melhores alunos, cujas famílias têm condições de pagar as mensalidades escolares, procurarão se matricular na etapa de ensino médio em escolas públicas, o que as obrigará a aumentar a oferta de vagas ou, sendo impossível no curto prazo, a realizar exames vestibulares para o grau médio.
Esta sequência de abandono parcial do mérito como critério seletivo, por absurdo poderia estender-se ao 1º grau.
O abandono parcial do mérito e a escolha da origem (pública x privada) para seleção é um desastre. Um país como o Brasil, que tem uma população jovem crescente, não pode tratar o mérito (talento) como variável de segunda ordem.
*PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
*PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
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