sábado, 27 de julho de 2013
Ex-beneficiária do Bolsa Família nega ter doado para Dilma
Ex-beneficiária do programa bolsa família, aparece na lista do TSE como doadora de campanha de Dilma, em 2010. A implicada no caso nega ter feito qualquer doação e declara que vai fazer boletim de ocorrência, para que a polícia investigue o caso.
Vivendo numa casa pobre em Campo Verde (MT), Sebastiana Rocha rebate suspeita do governo e quer saber por que foi acusada
A desempregada Sebastiana da Rocha, 33 anos, mãe de duas crianças, ex-beneficiária do Bolsa Família em Mato Grosso, negou ontem que tenha doado dinheiro para a campanha eleitoral da então candidata Dilma Rousseff, (PT), em 2010. "É uma coisa inusitada que me pegou de surpresa", disse ela, acrescentando que vai registrar um boletim de ocorrência e procurar advogado para acompanhar o caso.
Sebastiana, hoje vivendo em Campo Verde, a 138 km de Cuiabá, apareceu em registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como doadora de R$ 510 para a campanha de Dilma. Naquele ano, ela recebeu do Bolsa Família um total de R$ 528. Hoje, aplicando-se o índice oficial de inflação, esses valores seriam de R$ 592,05 e R$ 617,78, respectivamente. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Vivendo numa casa humilde, de alvenaria, no bairro Jupiara, ela disse ao Estado ter ficado surpresa, no dia 23, ao receber uma ligação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) perguntando se havia feito a doação e se era beneficiária do Bolsa Família. "Neguei a doação, mas confirmei que era beneficiada do Bolsa", disse. No dia seguinte, já às 7h30, nova surpresa: o pessoal da prefeitura bateu à sua porta.
"Queriam saber das minhas condições de vida, como eu vivia, o que tinha na casa. Mandei entrarem e mostrei tudo. Contei minha história porque não tenho nada a esconder", afirmou. Depois da visita, uma nota da prefeitura informou ter constatado que ela "estava em condições de vulnerabilidade".
Sebastiana disse que recebeu Bolsa Família de março de 2010 a dezembro de 2012, quando morava em Cuiabá. "Inicialmente era de R$ 82,00 e o último foi de R$ 64,00". Cadastrada em Cuiabá, ela continuou recebendo mesmo depois de ir para Campo Verde. "Estou sendo acusada por uma coisa que não fiz e quero saber como isso aconteceu", defendeu-se. Como foi cadastrada em Cuiabá, a prefeitura de Campo Verde disse que fica limitada ao investigar o caso.
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