sábado, 27 de julho de 2013
O programa Mais Médicos, feito em cima da perna para aplacar a voz das ruas, está dando errado, conforme todas as previsões sérias.
De um total de 18.450 pré-inscrições feitas no Mais Médicos, pelo menos 45% apresentaram inconsistência, o que indica um boicote ao programa, que encontra forte resistência da classe médica.
Só 3.123 inscrições foram efetivamente confirmadas até ontem, correspondendo a apenas 20% da demanda apresentada por prefeitos de todo o país, de 15.460 médicos.
O prazo, desta forma, terá que ser prorrogado não só até domingo, mas por várias semanas
8.307 inscrições tem inconsistência no número do CRM (Conselho Regional de Medicina) -por não ter sido fornecido ou por não bater com dados do candidato.
1.270 médicos inscritos atuam em residências médicas e, para aderir ao Mais Médicos, precisam deixar a especialização.
Somente 1.920 médicos estrangeiros se inscreveram, o que mostra que esta não é a solução para os problemas de saúde do país.
Mais grave ainda é o fato de que médicos já empregados em prefeituras do interior, em acordo com prefeitos, estão se inscrevendo para atuar no programa. O prefeito deixa de pagar o salário, o médico passa a receber melhor. Estão sendo feitos vários tipos de acordos entre as partes. Ou seja: a grande solução da Dilma, do Padilha e do Mercadante é a mesma coisa que trocar seis por meia dúzia. Ou enxugar gelo. Como se diz na gíria, os "juvenas" deste governo petista sempre conseguem se superar.
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