Em seu ataque de fúria a presidenta falou sem querer uma verdade que até as pedras sabem: o governo Evo Morales não havia concedido e não concederia jamais o salvo conduto ao senador asilado na Embaixada brasileira.Logo, permaneceria como prisioneiro em uma saleta, sem direito a tomar banho de sol e sem receber visitas.Um sofrimento que o levaria à depressão e à morte.Porém, isto não sensibilizou a nossa presidenta, que considerou um paraíso as condições em que vivia o senador boliviano há mais de ano.Fala que beira o grotesco e espatifa no ridículo. Ela não explicou, no entanto, porque o senador eleito democraticamente recebeu tal tratamento do governo brasileiro, enquanto o assassino terrorista italiano Cesare Batisti desfruta da condição de refugiado político no Brasil, recebendo emprego e sendo avalizado pelo senador Suplicy, no aluguel de um apartamento.Percebe-se o empenho dela em prestar submissão ao índio cocaleiro boliviano, como vem fazendo, seguindo a trilha aberta pelo lularápio, que aceitou a invasão, por tropas do exército da Bolívia, de uma usina da Petrobrás.Não só aceitou como aplaudiu, com lamentável cinismo.
ROBERTO DUQUE
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