domingo, 8 de setembro de 2013

Relatos assustadores sobre o trabalho dos médicos cubanos fora de Cuba




O Globo desse domingo mostrou que uma iniciativa semelhante na Venezuela não melhorou os problemas de saúde local. Erros médicos, não cumprimento de metas, falhas na prestação de contas e pioras em vários índices fazem parte da matéria assinada por Janaína Figueiro. Mas nada se compara ao relato trazido a público por Gilberto Velazco Serrano em entrevista à Veja ainda no sábado. Médico cubano que até 2006 participou de missões na Bolívia, desertou e conseguiu asilo político em Miami, de onde pode finalmente falar livremente sobre a situação na qual vivia.

Entre outras coisas, Gilberto relata:
Que os médicos cubanos são obrigados a participar das missões no exterior respondendo a uma convocação aos moldes militares
 
 
Que há paralimitares infiltrados no grupo e armados com o único objetivo de impedir que algum médico deserte
 
 
Que a missão destes médicos têm um viés ideológico, ao menos no discurso motivacional
 
 
Que há manipulação dos dados para que a missão cumpra com a cota mínima pela qual fora contratada
 
 
Que a formação deles, como é de se imaginar, é bem precária, desde a literatura até a estrutura mínima para os exames mais simples, como o de raios X
 
 
Que a história de que o sistema de saúde cubano é exemplar só é de fato crível por quem confia em números passados por uma ditadura que controla todas as informações fornecidas sobre ela
 
 
Que, dos 5 mil dólares prometidos ao profissional, só chegavam 20 às mãos dele
 
 
Que a família dele sofreu represálias depois de sua fuga, mesmo não tendo ela antes recebido qualquer benefício pela missão
 
 
Que a geração mais jovem em Cuba já se posiciona contra a ditadura e isso explicaria o porquê de terem vindo ao Brasil médicos mais experientes
 
 
Que a formação dos médicos em cuba tem sido acelerada para atender à demanda das missões no exterior

Uma frase de Serrano, contudo, não só resume como tira o sono de qualquer cidadão honestamente preocupado com o futuro da saúde no Brasil: “é triste, mas eu diria que é uma medicina quase de curandeiro”.




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