sábado, 27 de agosto de 2011

SEGUNDA PARTE- PEDRO PORFÍRIO



Vi jovens barbaramente envelhecidos pela balada altissonante do "salve-se quem puder", o "daqui pra frente é com cada um" ou, no máximo, com o círculo de prediletos, como se o diploma conferido fosse a munição para a mais terrível das guerras, a sôfrega competição profissional nas pegadas dos exemplos herdados da esperteza como única via da sobrevivência, do acesso ao conforto e ao prazer.

Enquanto isso, a mídia capta e exacerba todas as torpezas, fazendo delas elementos tão preponderantes no comportamento humano que nelas se inspira no vôo cego de um cotidiano destituído de todos os valores restantes, no confronto explícito com os pulverizados pigmentos das virtudes em extinção.


Não causa surpresa que ninguém se sinta obrigado hoje em dia a reagir às barbaridades perpetradas pelos senhores do ágio e das armas, hipertrofiando a própria torpeza, num super dimensionamento da ambição voraz.

É certo alguém chegar em sua casa para determinar como deve ser sua relação com o clã? É tolerável alguém jogar seus filhos, uns contra os outros, para imobilizar a todos e se apoderar de suas posses?

Será que ninguém tem mais olhos para ver assaltos tão grotescos como os que países decadentes, endividados, em crises sistêmicas, enrolados em suas próprias pernas, promovem na maior sem-cerimônia para se apoderar das riquezas finitas de outros povos?

Você vê isso à luz do dia e não se sente nem um pouco atingido? Você quer o que, que chegue a nossa vez? Essa modernidade mal grada está nos impingindo o silencioso suicídio nacional em d oses homeopáticas, está nos bestializando, nos acostumando ao convívio indolor com o massacre dos mais fracos, na configuração psicanalítica de uma apatia crônica, na qual nos servem brotos de papoulas imobilizantes encapados em papel celofane com as cores lustrosas da ilusão ótica minúscula e temporária.

Esse espetáculo da mais trágica alienação não poupa ninguém. Minha geração se repete na ladainha de um fracasso mensurado pela descontinuidade do sonho. Mas pode ser que aqueles rueiros dos anos sessenta tenham blefado e agora, lépidos e fagueiros, se desdizem no leme dos podres poderes.



Ou, como se pode constatar, você não percebeu até que nossa vez já chegou, na intervenção sibilina e camuflada que varou a imensidão do território desguarnecido em pomposas mistificações em nome da demarcação de territórios gigantescos convertidos em flancos para a mais sofisticada pirataria alienígena?



Curioso: aqui quem quiser ver massa nas ruas só lhe resta contemplar os milhões das paradas gays e dos desfiles pentecostais.
Fora disso, meia dúzia de gatos pingados tenta chamar atenção para algumas tragédias pontuais que já não sensibilizam o povaréu. Por que a maioria já renunciou ao direito ao conhecimento, às obrigações do Estado com sua saúde e ao respeito devido à dignidade de todos.


Tal é o traste da alma humana que até a solidariedade se profissionalizou em organizações especializadas na terceirização do pensamento, da ação, da insatisfação social e dos deveres oficiais. Aqui, nesta terra invadida por Pedro Cabral, está cada vez mais difícil falar em dignidade e autoestima, eis que de migalha em migalha a massa enche o papo.
Diante desse quadro de cores pálidas veio-me uma despropositada indagação, que faço a você, envolto na mais pungente perplexidade: será que somos mortos vivos, almas penadas, corações sangrados, mentes entorpecidas e inebriadas?
Será?


COMENTÁRIO


ESSE É O MÉTODO DO BOLCHEVISMO MAFIOSO PERADO NO BRASIL ASSIMILADO PELA DOUTRINA GRAMSCISTA, RECONFIGURADO EM RELATIVISMO PURO QU SE RESUME : "EXISTE A MINHA VERDADE E A TUA VERDADE, MAS NÃO A VERDADE"


LEMBRAR :




Quem luta pelo comunismo tem de poder lutar e não lutar; dizer a verdade e não dizer a verdade; manter a palavra e não cumprir a palavra, etc., etc., etc". Bertolt Brecht (Eugen Berthold Friedrich Brecht 1898-1956) a seus camaradas em Die Massnahme.





''O fim pode justificar os meios enquanto houver algo que justifique o fim''; é moral tudo o que serve à revolução .É imoral o que a prejudica.Leon Trotski (Lev Davidóvitch Bronstein - 1879-1940).



Buenas, e o objetivo dessa degradação (a) (i) moral e criminosa? Ora, se locupletar, ou seja, apropriar-se ilicitamente dos meios de produção e riquezas do Paí­s, em benefí­cio da nomenklatura
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