O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Patrício (PT), disse nesta sexta-feira (11) que arquivou os pedidos de impeachment contra o governador Agnelo Queiroz (PT) sem influência partidária.
Patrício é aliado de Agnelo, além de serem do mesmo partido, e foi eleito presidente da Câmara com o apoio do governador. Segundo o deputado distrital, os pedidos de impeachment seriam arquivados se o governador fosse de um partido adversário do PT.
"Arquivei porque não tem prova cabal ou materialidade, e faria isso se fosse qualquer um o governador. Temos ainda o início de um inquérito. No futuro, pode haver provas cabais. E não hesitaria abrir um impeachment", disse.
Os pedidos se baseiam em irregularidades que ocorreram no Ministério do Esporte, quando Agnelo era ministro --ele é investigado no STJ (Superior Tribunal de Justiça) por conta de suspeitas de participação no desvio de dinheiro por meio de ONGs.
Além disso, a oposição pediu a queda de Agnelo por conta do depoimento dado pelo lobista Daniel Tavares à deputada Celina Leão (PSD), no qual acusa o governador de receber propina --depois ele mudou de versão. Agnelo confirma que recebeu R$ 5.000 de Tavares, mas afirma que foi um pagamento de empréstimo.
Além dos pedidos de impeachment arquivados, Patrício descartou uma CPI para investigar as denúncias que pesam contra o governador. "Nem sempre uma CPI vai ter o desfecho de indiciamento, pode se tornar um palco político, infelizmente. Eu acredito mais na Polícia Federal, que pode trazer mais resultados", disse.
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