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Não chega a ser uma surpresa o quanto o Grande Governo trata seu povo como crianças, mas é um tanto deprimente que o público tenha crescido tão habituado a tal tratamento.
Dependência é essencialmente infantilidade. Independência e responsabilidade são componentes fundamentais tanto da liberdade quanto da maturidade. Uma nação de assistência social e “bailouts” [1] é uma nação onde a nenhuma criança é permitido cair e se machucar por sua própria conta. Você não pode ter empreendimento sem risco e você não pode ter risco sem consequências. Calcular os riscos é tarefa de adultos.
Aos cidadãos –crianças congregados na “creche católica” não será permitido colocar seus pequenos devaneios religiosos à frente da sabedoria da Mamãe Estado em matéria de contracepção. Quando os católicos fizeram algazarra na sala de aula, a solução do vovô Obama foi declarar que os anticoncepcionais eram um presente das companhias de seguro. Isto supostamente aquietaria o clamor, porque eles não estariam pagando pelos “presentinhos” para o controle de natalidade. É preciso ter a mente de uma criancinha para aceitar este tipo de raciocínio.
Quando lhe foi solicitado a apresentação de um orçamento para o próximo ano fiscal, bem como previsões para o futuro financeiro dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama apresentou um plano com uma pilha de trilhões de dólares em déficits, sem menção a dívida nacional. Só uma nação de crianças estaria disposta a permitir-lhe fugir com raciocínio tão tipicamente adolescente como “o amanhã nunca virá”. A situação de um governo falido no piloto automático rumo a 20 trilhões de dólares em dívida é fundamentalmente infantil. Somente os adultos pensam sobre as consequências, ou sobre como pagar sua própria vida.
As desculpas do presidente são o tipo de nonsense que só soam razoáveis a ouvidos muito jovens. Todos os seus problemas foram causados por seu há muito afastado predecessor. Nada é sua culpa, em qualquer assunto. Na última vez que ele ultrapassou o teto da dívida, ele prometeu que não faria isso novamente... mas agora parece que um novo aumento do teto da dívida será necessário antes da eleição de 2012.
Nós aceitamos maciços, insustentáveis déficits em tempo de paz como a “nova normalidade” porque os acólitos do Grande Governo não querem discutir abertamente o nível de impostos que seria necessário para sustentar sua utopia. A fantasia que algum vago grupo de ricaços poderia pagar por tudo isso, se eles estiverem corretamente interessados em “pagar por sua parte”, é um conto de fadas profundamente infantil. Você pode provar que isso é impossível com matemática básica, mas isto não funciona melhor do que qualquer tentativa de usar matemática básica para explicar a uma criancinha histérica porque você não pode se dá ao luxo de comprar o brinquedo que ele mais quer. Criancinhas reunidas ao redor da árvore de natal não perguntam ao papai e à mamãe se eles foram sábios em estourar o cartão de crédito da família para comprar todos aqueles presentes.
O discurso de “falha da liberdade” de Obama é o tipo de história útil para assustar crianças com obediência. Uma nação segura de si tem pouca paciência com um presidente que decide quais companhias deveriam “ganhar” ou “perder”, que explica aos pequeninos quanta ambição eles deveriam ter permissão de conservar, e nos oferece uma escolha entre adotar um planejamento central hiper-regulado ou ser perseguido por lobos na tundra gelada do mercado livre.
A esquerda prefere um imaturo e medroso eleitorado, mais interessado em proteção estatal que na liberdade de procurar oportunidades. Um mecanismo de controle baseado na inveja só funciona nessas condições. Quem respeita menos os direitos de propriedade dos outros que uma criança desamparada? Quem poderia estar mais ansioso em ouvir falar sobre o que ele é dele “de direito”, ao invés de sobre o que ele tem feito por merecer?
Não é por acaso que a cultura popular está passando a venerar a adolescência perpétua. Estudantes de 30 anos e homens de 40 anos vivendo na casa da mamãe estão se tornado cada vez mais comuns. Só um relativamente pequeno ultraje recebeu o fato da lei de saúde pública de Barack Obama considerar que pessoas de 26 anos são oficialmente “crianças”.
Uma coisa pode ser dita com certeza sobre a infância: ela termina. As realidades que nós temos sido persuadidos a ignorar estão se impondo a nós.
John Hayward é colunista do Human Events e autor do recentemente publicado Doctor Zero: Year One.
Tradução: Jorge Nobre, estudante de Letras - Tradução Francês da UnB.
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