Atenção, “companheiro” médico que se nega a praticar aborto, ainda que legal, por objeção de consciência! Você precisa fazer um estágio de Educação Moral e Civismo com a ministra Eleonora Menicucci (Mulheres). Ela tem muito a lhe ensinar. E é melhor fazê-lo antes que as bruxas comecem a caçar as fadas, não é? Tudo saindo como quer esta notável humanista, médicos que alegarem “objeção de consciência” —- um direito que lhes é assegurado — para não praticar o aborto terão de ser substituídos.
Leiam trecho de reportagem de Lígia Formenti, no Estadão. Volto em seguida:
A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, criticou a falta de médicos nos serviços que fazem aborto legal no País. Ela observou que muitos centros funcionam apenas na teoria porque profissionais se recusam a fazer o procedimento, alegando objeção de consciência. “É preciso que esses serviços coloquem outra pessoa no lugar”, disse Eleonora nesta quinta-feira, durante reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS). A lei permite que gestações que coloquem a mulher em risco ou resultem de violência sexual possam ser interrompidas. Atualmente, existem no País 63 centros cadastrados para realização desse tipo de atendimento. Além de considerar o número insuficiente, grupos feministas relatam que, com frequência, mulheres não conseguem ser atendidas nos serviços, sobretudo em instituições administradas por grupos religiosos.
(…)
Voltei
Caros “companheiros” médicos com objeção de consciência, mirem-se no exemplo da ministra, que, naquela notável entrevista concedida em 2004, trazida à luz por este blog, definiu-se, cheia de orgulho, como “avó do aborto” — revelando ter feito dois. Sua dedicação pessoal à causa não parou aí, fornecendo ela mesmo dois fetos. Contou que foi aprender a fazer aborto em clínicas clandestinas da Colômbia. A ideia era capacitar as mulheres para o “faça você mesma o seu aborto”. Menicucci experimentou quase todas as variações da palavra: foi abortante, abortista, aborteira… Só pôde ser assim porque não foi vítima do agente da voz passiva: não foi abortada!
REINALDO AZEVEDO
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