sábado, 24 de março de 2012

Chico Anisio- Uma homenagem merecida





Brasil: um país nada sério, sem memória e que não valoriza sua cultura e a sua gente de talento.
É lá fora que o talento da gente brasileira é cultuado e recebe o verdadeiro reconhecimento.


Aqui, a "gente" brasileira não valoriza o verdadeiro talento da sua prória "gente".
Mas, venera e idolatra igrejas, padres, pastores, bispos e políticos - partidos. Foram inúmeras postagens sobre a agonia e o passamento do então vice-presidente José Alencar.


Também, merecidamente ou não, cultua e venera ídolos de fora, como vimos, apenas para citar ainda recentemente, as inúmeras postagens de variados comentários sobre as mortes das cantoras Amy Winehouse e Whitney Houston.
É claro que o maior humorista brasileiro (para mim, o maior humorista do mundo), CHICO ANYSIO, está merecidamente sendo homenageado. Mas aqui, no dia da sua morte, NADA.

AQUI, Nenhuma referencia.

Vergonhoso e lamentável.



Chico Anysio não foi UM só, foi MUITOS e creio que por tudo que Chico foi, AQUI merecia algumas  manifestações.


E então, AQUI, manifesto meu profundo pesar pelo falecimento do ator, humorista e escritor Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho.



Assistam


http://www.youtube.com/watch?v=yC-_0pm0Bp0&feature=youtu.be



Ele era um homem raro. O ser humano que ele foi, o artista que ele foi, o modo como ele viveu, enfim.... A comédia brasileira não só perdeu o maior gênio, mas o seu maior defensor. Ele sempre lutou pela qualidade do humor brasileiro. Todos os personagens do Chico Anysio tinham alma. Não eram aqueles chamamos de caricaturas. Eles tinham o rosto diferente, a voz diferente e a alma diferente. Eles eram personagens reais e de carne e osso. Era um humor humano e cheio de crítica social e política. O humor de Chico era, ao mesmo tempo, popular e cerebral. Por meio do Coronel Limoeiro e de Pantaleão, retratou o sertanejo. Vestido de Salomé, aconselhou presidentes. Pelo Professor Raimundo, mostrou ao homem comum à importância da escola e da educação.
Ele deu a mão aos novos e nunca deixou os mais velhos comediantes fora de seu alcance.

Plínio Sgarbi

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