Décio Lins e Silva, defensor de Antônio lamas, falou por menos de 20 minutos
Foto: STF/Divulgação
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Em menos de 20 minutos de sustentação oral na sétima sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ação penal 470, o advogado do ex-assessor do extinto PL Antonio Lamas questionou a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os acusados de integrar o suposto esquema conhecido como mensalão. Para o advogado Décio Lins e Silva, seu cliente não devia ser réu na ação que julga o escândalo por, supostamente, não ter ligação nem conhecimento a respeito do esquema.
"E o presidente da República, por que não foi denunciado? Sou intrigado com isso, porque o Ministério Público (MP) não denunciou Luiz Inácio Lula da Silva. Nos autos não tem um depoimento sequer dizendo que Antonio Lamas sabia dessa movimentação de dinheiro. Já quanto ao Lula, tem um depoimento dizendo que ele sabia, mas por que ele não figura em nenhuma denúncia? Mas o Antonio Lamas está lá, coitadinho, sem ninguém dizendo que ele sabia ou que era mensaleiro", alegou o advogado.
A exemplo do filho Délio Lins e Silva Júnior, que mais cedo defendeu o irmão de Antonio Lamas, Jacinto Lamas, na mesma sessão de oitivas no STF, o advogado afirmou que toda a conduta de seu cliente foi a mando do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP). Segundo ele, Antonio Lamas foi apenas uma vez ao Banco Rural realizar um saque a pedido do parlamentar. Lins e Silva argumenta que outras pessoas admitiram, em depoimento à Polícia Federal, que também fizeram saques a mando de parentes ou chefes e não foram denunciados pelo MP.
"O critério para ser denunciado foi o sobrenome? Bem sugestivo esse nome Lamas, quer nome mais midiático para se fechar um quadro com 40 ladrões com dois Lamas no meio? Antonio Lamas não convivia com Valdemar Costa Neto e, apesar da ausência de crime, ele foi denunciado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, por ter ido uma única vez ao Banco Rural. Houve exagero do MP? Abuso do MP época? Irresponsabilidade em denunciar o homem por ir reiteradas vezes ao banco quando ele só foi uma vez?", argumentou.
Apesar de o Ministério Público recomendar a absolvição de Antonio Lamas por falta de provas, Lins e Silva afirma que isto não é suficiente. "O MP continua a chamar Antonio Lamas de mensaleiro. Requeremos que se proclame para que Brasília inteira ouça que Antonio Lamas não é mensaleiro, não é quadrilheiro, não é lavador de dinheiro, que a conduta foi atípica e que se absolvição virá, não por ausência de prova, mas por estar provado que ele não concorreu para as pretensas infrações penais contra ele imputadas", dis
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