quarta-feira, 24 de abril de 2013

Declaração de liderança indígena Guarani-Kaiowa revela como antropólogos ongueiros tiram proveito de demarcações



Não é de hoje que a sociedade brasileira vem desconfiando de que havia algo de errado na forma como são conduzidas as demarcações num conluio irresponsável e improbo entre ONGs, antropólogos e FUNAI.


Não é de hoje que denúncias de manipulações do atual sistema de demarcação de terras indígenas no Brasil chegam aos ouvidos da opinião pública. Durante a primeira década do século XXI, eclodiram por todo o país graves denúncias de evidentes manipulações no processo demarcatório. Contudo, por vários motivos que vão desde as dimensões continentais do país até a falta de interesse político em investigar, as denúncias isoladas, coletadas e divulgadas aqui e acolá pela mídia brasileira acabavam silenciadas por um vácuo ensurdecedor e sequer chegavam a sensibilizar a opinião pública regional, muito menos nacional. Nada era feito e foi assim que tudo continuava por isso mesmo e ninguém era responsabilizado.


Foi este o destino da declaração de índio guarani/kaiuwá, Adair G. Sanches, lavrada em escritura pública no Tabelião Albuquerque, Amambaí - MS, convalidada na Comissão de Direitos Humanos do Senado, que revelou de forma clara e explícita a forma como antropólogos manipulavam o sistema demarcatório no Mato Grosso do Sul revelando também uma total falta de controle do governo sobre as ONGs.


Graças ao arquivo digital contínuo de dados como estes à capacidade de compartilhamento de informações que a internet proporciona, temos só agora no início da segunda década do século XXI uma enorme massa de relatos, casos reveladores e depoimentos impressionantes a revelar como nosso sistema demarcatório precisa urgentemente de reformulação. Teremos agora com a esperada CPI da FUNAI a oportunidade de revermos e reformularmos o processo de demarcações de terras indígenas que há muito tempo carece de monitoramento, não só do governo, mas sobretudo da sociedade e de seus parlamentares representantes.


O depoimento público do índio Kaiowá Adair G. Sanches, lavrado em escritura pública no cartório de Amambaí, no Mato Grosso do Sul, dá uma visão de como ONGs, o Conselho Indigenista Missionário e o Projeto Kaiowá Ñandeva estão agindo na região de fronteira com o Paraguai, "fabricando" terras de ocupação tradicional por meio de laudos manipulados feitos por antropólogos da FUNAI comprometidos com a causa indigenista. O movimento tem resultado na expropriação de terras de produtores rurais honestos detentores de títulos legítimos transformados em lixo pelos laudos antropológicos.



Detalhe revelador, a cada dia que passa o sistema fica cada vez pior: ONGs inter/nacionais, setores cooptados e aparelhados da FUNAI e ongueiros militantes que usam a valorosa antropologia e a nobre causa indígena para atender os interesses de uma poderosa agenda internacional, enfim todos envolvidos aprimoravam suas estratégias de atuação para obterem melhores e mais efetivos resultados. Tudo ficou bem mais complexo e bem estruturado nos últimos 5 anos quando os pedidos de estudos para NOVAS DEMARCAÇÕES de terras indígenas mais que dobrou, chegando a alcançar agora em 2013 mais de 500 terras indígenas. Já vai passando a hora de se fazer alguma coisa. O Brasil inteiro espera que seja feito algo imediatamente para evitar problemas bem piores num futuro próximo. Esperamos ser ouvidos nesta CPI.




http://www.scotconsultoria.com.br/noticias/artigos/29533/declaracao-de-lideranca-indigena-guarani-kaiowa-revela-como-antropologos-ongueiros-tiram-proveito-de-demarcacoes.htm

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