terça-feira, 16 de julho de 2013

Ministério Público do Rio costuma arquivar investigações contra Cabral

O Ministério Público do Rio arquivou todas as investigações que envolviam o governador Sérgio Cabral (PMDB). Sob nova direção, o órgão será o responsável pela apuração sobre o uso de helicópteros do Estado.

Três casos que se tornaram as principais críticas da oposição a Cabral foram arquivados pelo ex-procurador-geral de Justiça Cláudio Lopes.

Tiveram esse destino as investigações sobre a contratação do escritório de advocacia da primeira-dama Adriana Ancelmo por concessionárias do Estado, o empréstimos de jatinho do empresário Eike Batista ao governador, e a viagem a Paris de Cabral em companhia de Fernando Cavendish, dono da Delta.

Este último caso foi arquivado por Lopes em sua penúltima semana no cargo, antes de transmiti-lo ao atual procurador-geral, Marfan Martins Vieira.

Cabral e Cavendish foram fotografados juntos em Paris durante viagem oficial ao lado de secretário. Em algumas das imagens, auxiliares do governador aparecem com guardanapos na cabeça.

As imagens, divulgadas pelo deputado Anthony Garotinho (PR), mostravam também o empresário e o governador em viagens privadas na capital francesa. A Delta chegou a ter mais de R$ 1 bilhão em contratos com o Estado. Lopes afirmou que os encontros não configuravam improbidade administrativa.

O mesmo entendimento teve no caso do empréstimo do jatinho de Eike para o governador ir à Bahia para o aniversário de Cavendish. As relações de amizades só foram expostas em razão de um acidente de helicóptero no qual sete pessoas morreram.

"Poderia eventualmente haver questionamento quanto à ética desse relacionamento. Mas a amizade do governador não revelou ocorrência de improbidade", disse Lopes, à época.

A investigação sobre a atuação do escritório de advocacia da primeira-dama como representante de concessionárias do Estado teve o mesmo destino. Ele foi contratado pelo Metrô Rio e Supervia. As empresas tiveram contrato prorrogado para explorar o serviço de transporte no Rio pelo governo Cabral.

Lopes arquivou o caso sob alegação de que não há impedimento legal na atuação da primeira-dama. Afirmou ainda que caberia à OAB eventual punição à advogada. A Ordem também não viu irregularidades no caso.

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