sábado, 30 de julho de 2011
QUANDO A ESQUERDA FALA A VERDADE
A alternativa - civilizada na época (1964) e os militantes comunistas honestos têm afirmado/escrito isso (vivíamos a guerra fria e a o eixo Moscou-Pequim-Hanana promovia a subversão e o terrorismo de Estado em todo o mundo) era implantar um regime comunista no Brasil nos moldes cubanos cujo ˜paredón “ eliminou as dissidências iniciais e indenizações futuras.
A entrevista/depoimento de DANIEL AARÃO REIS (ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor de Ditadura militar, esquerda e sociedade) é reveladora do caráter dos movimentos armado
As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Não compartilho a lenda de que no fim dos anos 60 e no inicio dos 70 nós (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática. No reverso da moeda, nenhuma organização defendeu o terror indiscriminado, nem praticou ações que, na concepção, tivessem o objetivo de ferir ou matar pessoas que não tinham nada a ver com nada. O terror indiscriminado não faz parte da historia da esquerda brasileira. Houve atos violentos, criminosos, como a ordem da direção do Partido Comunista, em 1936, para que se matasse a jovem Elza Fernandes. Suponha-se, erradamente, que ela tivesse colaboração com a policia. Houve também o assassinato de um marinheiro inglês em 1973 pelo simples fato de ser marinheiro inglês. Nessa época matou-se até um militante que desejava apenas sair da organização em que estava. Chamava-se Marcio Leite Toledo. Foram atos praticados por uma militância em processo de degeneração. (grifo nosso - In O Globo, de 23/09/2001)
Márcio Moreira Alves (nascido em 14 de julho de 1936 no Rio de Janeiro) jornalista e político conhecido como causador do AI-5 por ter proferido um discurso na qualidade de deputado federal em setembro de 1968 no Congresso Nacional em que propunha um boicote às paradas militares na celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército, em seu livro O Despertar da Revolução Brasileira, se referiu ao período 1964-68, do governo do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, antes do AI-5, como ditabranda e para ele foi um alívio ver a saída de Jango do governo, pois Achava-o oportunista, instável, politicamente desonesto (...) Aparecia bêbado em público, deixava-se manobrar por cupinchas corruptos (...) e tinha uma grande tendência gaúcha para putas e farras.
O trecho do livro Um Grão de Mostarda - O Despertar da Revolução Brasileira de sua autoria (Lisboa: Ed. Seara Nova, Lisboa, 1973), às páginas 30/32, reitera a real posição das esquerdas:
"Todas as minhas atividades parlamentares haviam sido uma longa e concatenada provocação. Éramos um punhado de parlamentares... Cobríamos com nossas imunidades toda sorte de movimentos de protesto, especialmente as manifestações estudantís e as greves operárias. Chegávamos a exercer contra os deputados da situação o que chamávamos terrorismo cultural... Nossa estratégia era... a destruição completa das instituições liberais sobreviventes. Encarávamos o processo político como uma luta de classes... Pensávamos que era altamente improvável que o proletariado pudesse optar por uma resistência clandestina e armada enquanto existissem possibilidades de ações abertas e legais. Daí a necessidade de destruir as estruturas legais".
O fato inconteste é que a esquerda latino americana não tem tradição democrática; sua origem está no partido comunista sob a direção do PC da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS); daí saíram grupos e facções a maioria associados à guerrilha â lançados à marginalidade por atentarem contra o Estado de Direito e, quando entrou no debate democrático ficou com um pé na legalidade e outro na clandestinidade vinculada ao canibalismo (justiçamento) entre seus militantes.
Muitos dos que se auto definem como defensores da liberdade e da democracia tinham na realidade, o objetivo de implantar uma ditadura comunista modelo cubano no Brasil; e, com essa inspiração ideológica sociocriminosa treinados, financiados e monitorados por Cuba, além de Moscou e Havana, começaram assaltando bancos, seqüestros e terrorismo, cujas vítimas em sua maioria eram civis.
Atualmente seguindo a mesma gênese criminosa tomaram o Estado e continuam assaltando os cofres públicos democraticamente, digo, descarada e desgraçadamente.Abs Rivadávia
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