segunda-feira, 9 de julho de 2012

Carta enviada ao O GLOBO ( e que, certamente, não será publicada)


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A entrevista de Carlos Eugênio Paz para o jornalista Geneton Moraes Neto, em “O GLOBO” publicado em 02/07/12 foi excelente. O terrorista “Clemente” (Carlos Eugênio Paz) confessou muitas coisas que já sabíamos, mas pouca gente acreditava.


Inicialmente ele justifica suas ações criminosas alegando sua necessidade de idealista (19 anos) de derrubar a ditadura dos generais, a qual havia afastado Jango Goulart e rasgado a Constituição. Entretanto, “Clemente” esquece que estava em curso uma notória conspiração de Jango junto com Luís Carlos Prestes para, aí sim, derrubar a Constituição e implantar uma “ditadura do proletariado”. Portanto, a dupla pretendia repetir as barbaridades cometidas em 1935, quando mataram 32 militares na calada da noite. Os comunistas renderam-se covardemente, foram presos, porém nenhum foi sequer ferido e toda a ação foi financiada por Moscou (Stalin) ao preço de US$ 27.341,00. Agravante: tudo foi planejado e comandado por uma equipe de 09 estrangeiros enviados por Moscou, pois os soviéticos já conheciam Luís Carlos Prestes, sua burrice e incompetência.


“Clemente” acreditou em fanáticos, como Marighella, cujo objetivo, longe de defender a democracia, pretendia assumir o poder e dele se beneficiar financeiramente, como hoje fazem os terroristas dos “anos de chumbo”, atualmente teúdos e manteúdos pelas indenizações e doações concedidas, às nossas custas, pelo ínclito Lula.O fanatismo ideológico, baseado na utopia de Karl Marx, atingia paroxismos de crueldade e traição quando matou o civil Boilensen, vários oficiais do Exército e até um companheiro da ALN (Márcio Leite de Toledo).


“Clemente” confessa ainda que os principais treinamentos eram conduzidos em Cuba, esta também encarregada de conduzir os US$ entre Moscou e o Brasil, manobra confirmada em livro do Jacob Gorender e por entrevista de Brizola a Jô Soares (tenho gravação desta).
Curiosamente, quando banido em troca de um embaixador no Brasil, “Clemente” foi morar em Paris (8 anos). Por que não foi para o paraíso socialista cubano ou moscovita? Estive em Moscou e Leningrado pós-Guerra Fria e pude constatar o baixíssimo padrão de vida dos soviéticos naquelas cidades, o que explica o “Clemente” lá não aparecer. Em Paris, provavelmente frequentava o Moulin Rouge e comia filet mignon com trufas.
Fui Secretário de Segurança do Estado da Guanabara, de 1963 a 1965, e através de escutas telefônicas pude constatar que Jango e Prestes tramavam implantar uma ditadura no país, dando plenos poderes a Jango. “Clemente” estava equivocado em acreditar que os militares “rasgaram” a Constituição, e sim, evitaram que Prestes e seu novo aliado implantassem o comunismo no Brasil.
Cordialmente,--
Gustavo Eugênio de Oliveira Borges

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