Arrancar pregos de uma menina é horrível", declarou ontem o médico americano David Mooney, do Hospital Infantil de Boston.
Três dias após o atentado terrorista durante a Maratona de Boston, já se sabe que o poder destruidor das bombas foi aumentado com a adição de pregos e outras peças de metal destinadas a provocar terríveis ferimentos às vítimas.
A técnica, que surpreendeu e revoltou a opinião pública internacional, infelizmente já é bem conhecida pela população e autoridades médicas israelenses, tendo sido amplamente utilizada por terroristas palestinos durante a onda de ataques suicidas em Israel entre 2000 e 2005.
Já em 2006, num estudo publicado na prestigiada revista médica americana "Anals of Surgery", especialistas do Israel Trauma Group alertavam:
"Ferimentos causados por explosões terroristas são estudados há mais de 20 anos. Contudo, os atentados recentes em Israel são diferentes. Uma nova composição de bombas, contendo pregos, parafusos e outros pequenos fragmentos de metal, detonadas em locais com grandes grupos de pessoas, modificam os padrões conhecidos e a gravidade dos ferimentos na população civil, provocando uma quantidade substancialmente maior de lesões internas e externas."
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