segunda-feira, 17 de junho de 2013

PSICOLOGIA DA MULTIDÃO- GUSTAVE LE BON





Le Bon sustenta que, no meio de uma multidão, o homem regressa a umcomo que estado mental primitivo. Assim sendo, certa pessoa, que, no
dia-a-dia, costuma ser comedida e culta, torna-se capaz, em
determinadas circunstâncias, de abdicar de todo poder de censura e
autocontrole, passando a agir como um bárbaro, que se entrega à
prática dos mais espantosos atos de crueldade. Isso ocorre por efeito de
contágio, como se fosse um rastilho de pólvora: subjugado pela massa,
o indivíduo facilmente perde as suas faculdades críticas, deixando-se
conduzir, mais ou menos cegamente, pelos demais.

Há uma espécie de lapso da individualidade, no concerto das multidões.
Sob o jugo de fortes emoções e do exemplo frenético de outros, pessoas
comuns perdem o domínio de si, e, despojando-se momentaneamente
dos padrões normais de conduta, podem agir como celerados, mais ou
menos à maneira de autômatos.

Insuflada a revolta, os líderes de tais manifestações, desde que bem
escolados, conduzem as massas na direção que desejam.
A História acha-se repleta de episódios dessa natureza, que
demandariam alentados volumes.


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