Desde o século passado a questão da reforma eleitoral/política é pautada pela mídia devidamente instrumentalizada pelos setores políticos organizados, sobretudo quando há uma crise de representação provocada pela traição da soberania popular e pelos níveis anômicos de corrupção.
A última reforma eleitoral foi instituída na década de 1990 e consistiu em três mudanças então fundamentais:
1 - nova lei de inelegibilidade - Lei Complementar n.º 64, de 18.05.90;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp64.htm
2. nova lei dos partidos políticos - Lei n.º 9.096, de 19.09.95, alterada pela Lei n.º 9.259, de 09.01.96;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lei9096consol.htm
3. lei das eleições - Lei n.º 9.504, de 30.09.97.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9504compilado.htm
Pelos dispositivos legais então aprovados e vigentes a reforma centrou-se em três aspectos inelegibilidades, partidos políticos, e eleições que são os limites constitucionais de uma reforma eleitoral.
Porém, quando se fala em reforma política temos uma abrangência muito maior. As reformas políticas enveredam pelo não só pelo sistema eleitoral e sistema partidário, mas também pelo sistema político que abrange a forma de Estado (unitário, federal ou misto); a forma de governo (presidencialista, parlamentarista ou misto); e a esfera de competência dos entes federativos União, Estado, Distrito Federal e Municípios e a esfera de atuação dos três Poderes.
Os sistemas eleitorais admitem apenas três alternativas: 1. Majoritários; 2. Proporcionais; 3. Mistos. Note-se ainda que, nas maiores democracias do mundo ocidental, 58% adotam eleições majoritárias (voto distrital), 21% sistemas proporcionais, e 21%, sistemas mistos.
Por outro lado, o sistema partidário, em relação à sua dimensão, admite quatro e apenas quatro modalidades, em razão do sistema eleitoral em vigor: 1. Lista fechada; 2. Lista aberta; 3. Listas flexível; 4. Lista livre.
Portanto, qualquer tentativa de reforma, pode abranger apenas o sistema eleitoral/partidário, fora desse limite é golpe.
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