Mas trata-se da velha e reiterada teoria conspiratória - a konspiratzia ou seja, a ação conspiratória baseada na (in) fidelidade e na (des) confiança, com seus corolários, a suspeita e a traição, cujo fenômeno remonta ao inventor da konspiratzia: Lênin (Wladmir Illich Ulianov Lênin, 1870-1924) - fundador do bolchevismo totalitário, cuja prática conspiratória desenvolvia de forma inconteste uma paranóia que foi levada ao paroxismo com Stalin (Joseph Stalin 1879-1953), mas também revelava um cálculo racional no líder do partido-Estado ideocrático.
O fato é que, as teorias da conspiração são basicamente matéria de fé, a espera do pastor messiânico e a maioria das bandeiras ideológicas sepultadas com a derrubada do Muro de Berlim situam-se no campo desses das viúvas ideológicas que lutam contra o capitalismo, o (neo) liberalismo, o livre mercado, e até contra a democracia, os EUA, Israel movidos por um ódio visceral aos judeus.
As teses conspiratórias, mesmo sendo falácias inspiradas na paranóia - tornam-se, pois irrefutáveis e nenhum fato as pode contradizer, numa inversão alógica sem precedentes - contra fatos não há argumentos. É uma religião ou ideologia.
Outros chegam a imaginar a teoria da conspiração originada no marxismo seria decorrente da aplicação do princípio da causalidade da ciência fundada na mecânica newtoniana à História: 'não há efeito sem causa', e este mote parece perdurar, por razões de sentido.
Todas as teorias se apóiam nos mesmos factóides, mas deles extrapolam conclusões absolutamente contraditórias, o que constitui o primeiro indício revelador das falácias lógicas em que se assenta a maioria delas.
Assim, a partir dos mesmos fatos, uns concluem pela culpabilidade do Mossad (serviço secreto israelense) outros da Maçonaria, outros ainda dos chineses, passando pela extrema-direita, os Iluminatti, o lobi judaico, CIA, seres alienígenas, etc.
RIVADAVIA ROSA
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