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A despolitização da sociedade promovida pelos militares veio de mãos dadas com a renúncia à guerra cultural. Os militares perseguiram seus opositores e exterminaram as guerrilhas de esquerda, e nisso demonstraram implacável eficiência, mas não fizeram absolutamente nada para impedir que o marxismo tomasse conta das universidades e do aparato cultural no Brasil. Pelo contrário: figura de proa do regime de 64, o general Golbery do Couto e Silva – o principal articulador do processo de abertura política nos governos Geisel e Figueiredo – defendia abertamente a “teoria da panela de pressão”, segundo a qual era necessário, e até desejável, que a esquerda dispusesse de um canal de expressão nas artes e na cultura, vistas até então como um terreno “inofensivo”.
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