paulo cauduro
A Rede Globo foi frouxa. Submeteu-se a seu inimigo. Temeu a retirada dos anúncios oficiais. Receou uma expropriação chavista à la RCTV. Os sucessores de Roberto Marinho pediram perdão publicamente ao PT por ter o vetusto jornal de sua família, um dos mais antigos do Brasil, apoiado a Gloriosa Revolução de 64.
A emissora dobrou-se à 'soft censorship' do governo petralha, entregou a Globonews quase de porteira fechada a Cristiana Lobo, Renata Lo Prete, Jorge Pontual, Mário Sérgio Conti (e mais uma dúzia de outros canalhas) e por pouco não contratou também Guilherme Boulos, Clóvis Rossi e Jânio de Freitas para tomarem assento em sua redação e de lá passarem a infernizar quotidianamente nossas vidas com sua abjeta prédica bolivariana.
Nem uma única vez, em todos esses anos, o poderoso jornalismo da TV Globo denunciou o Foro de São Paulo.
A rede permitiu que seus repórteres utilizassem as expressões "Mensalão do PT", "Mensalão do DEM" e "Mensalão Mineiro", para assim aliviar o lado dos petelhos e forçar os demais partidos políticos em direção ao mesmo balaio de corrupção e desvergonha, e só faltou dar ordens a seus funcionários pestilentos para que dedicassem à machorra maldita o respeitoso epíteto de "Presidenta".
Pelo temor a seu ex-funcionário Franklin Martins, por poltronice endinheirada e também para salvar o caviar nosso de cada dia, os irmãos Marinho deixaram que a empresa se envilecesse, se apequenasse, tornando-se caixa de ressonância das mentiras do governo e esterquilínio petralha.
Uma vergonha para o Brasil honesto e trabalhador que contava com a independência e o patriotismo de sua maior e mais possante empresa de radiodifusão para resistir ao cruento e infame assalto totalitarista bolivariano."
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