domingo, 3 de abril de 2011



Barack Obama é a cara do Brasil. Por isso mesmo, ninguém mais o leva a sério. Como até hoje não apresentou sua certidão de nascimento, é legítimo desconfiar de sua brasilidade (e da autoria de seu livro; e de tudo que envolva o primeiro presidente obscuro dos EUA). A sonsice com que conduziu a guerra na Líbia só fez aumentar a desconfiança. O mesmo Obama que rejeitava a coalizão de 40 países na guerra do Iraque - autorizada pelo Congresso - celebra a aliança de 15 para as operações na Líbia. O mesmo Obama que era contra a imposição da democracia no Oriente Médio defende a liberdade do povo para se expressar e escolher os seus líderes. Se o objetivo de Obama é proteger o petróleo europeu, os rebeldes aliados da Al Qaeda, a Fraternidade Muçulmana, ou demais interesses que ele jamais ousaria confessar em público, a história dirá. O certo é que não se pode esperar critério e coerência de seu teleprompter.
Se Obama fecha os olhos para Darfur, imagine então para o Rio de Janeiro. Em vez do FBI revistando ministros petistas e do Exército americano matando ou prendendo nossos traficantes, vamos ter de nos contentar com as UPPs. Mas estamos felizes. Somos afetuosos. Bagulho não falta. Como cantou Zorze Benzor (ou foi Pau Coelho?), moramos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.

FELIPE MOURA BRASIL

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