sábado, 16 de abril de 2011

BRASIL- REFÉM DE UMA ELITE EGOÍSTA E PATRIMONIALISTA



RVB – Com tantos falsos benefícios que o governo oferece, ele torna o país mais dependente do governo, menos competitivo e mais elitizado?



WLV – Quando o Estado se mete em áreas que não deveria, é sinal de que a sociedade funciona mal, e sozinha. O Estado contemporâneo deve ter papel regulador, incentivador de atividades, de construtor de marcos regulatórios e de agências fortes de fiscalização das atividades privadas e nobres. Quando o governo é privatizado por elites patrimonialistas e egoístas, torna-se fiador de uma reprodução mercantilista privada e concentradora de rendas. A despeito dos aparentes esforços do governo Lula de distribuir rendas e construir uma sólida classe C, ele não mexeu nos privilégios dos ricos internos e dos rentistas externos. Como sempre, a renda continua concentrada nas mãos de poucos e manipulada a partir de Brasília, que continua sendo uma ilha da fantasia apartada da fiel realidade do País. Como a classe média e os aposentados não têm votos nem poder de barganha, foram os mais severamente penalizados nesses quase oito anos de mandato...


*Entrevista à Revista “A VOZ DO BRASILEIRO”, p. 16-17, Goiás, Editora e Gráfica A Voz do Brasileiro, janeiro de 2010



WALDO LUIS VIANA

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