sexta-feira, 8 de abril de 2011

TRISTE AECIO NEVES


Aécio Neves(PSDB-MG) fez a sua estréia no Senado. Finalmente. Em longo discurso, com mais de quatro horas entre a leitura e os apartes, não disse uma só palavra que pudesse mobilizar o eleitorado de oposição. Nenhuma. Fez um discurso de político para políticos. O eleitor que espere lá fora. Todos sabem que a eleição foi perdida para o PAC, para o Minha Casa, Minha Vida, para a Bolsa Família, para o PROUNI, para a Copa do Mundo, para o Trem-Bala, para os bilhões e bilhões torrados de forma irresponsável pelo governo Lula. Nenhuma palavra a respeito. Nenhuma cobrança. Nenhuma palavra de ordem para 44 milhões de eleitores.
Assistimos, assim, a um espetáculo reluzente da velha política das velhas raposas, estreladas por uma cara nova. Aécio Neves não reorganizou a oposição coisíssima nenhuma. Aécio Neves fez questão, o tempo inteiro, de dar esperança de continuidade à velha situação, aquela que um dia está de um lado, outro dia está de outro, mas que sempre está do lado certo. Naquela tarde, esta situação reafirmou que está com o PT e com Dilma. Mas deixou claro, nas entrelinhas, que sempre é bom ter uma saída chamada Aécio Neves, em caso de alguma emergência. Afinal de contas, o que mais foi saudado no senador mineiro foi a sua capacidade de negociação, sem agressividade, com elegância, com grandeza. Alguns viram em Aécio Neves um sopro de modernidade. Outros sentiram um cheiro de mofo e de bolor exalando das palavras de quem estava ali para assumir o papel de líder das oposições. O tempo dirá quem tem razão.


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