quinta-feira, 19 de maio de 2011



Ser petista é, hoje no Brasil, o melhor negócio que alguém pode fazer. E quando falo em “negócio” quero dizer isso mesmo que vocês estão pensando: cifrões, muitos cifrões.

Dois fatos recentes comprovam isso de forma arrasadora.


Primeiro fato: Delúbio Soares - “o nosso Delúbio”, como gosta de dizer o Apedeuta - voltou ao berço do PT, do qual se desfiliara na esteira do escândalo do mensalão, em 2005 (aquele que o Apedeuta disse que foi uma conspiração das elites e da mídia). Foi recebido com festa, com direito a churrasco com os companheiros e tudo. Para quem já esqueceu (e parece que a cada dia mais gente é acometida de uma estranha amnésia), Delúbio era o tesoureiro do partido, o homem da mala, e introdutor do conceito de "despesas não-contabilizadas" no vocabulário politico.



Ao contrário de outros partidos, como o DEM, que expulsou de imediato o ex-governador do DF José Roberto Arruda, pego em flagrante num escândalo semelhante (e de menores proporções) ao mensalão petista, o PT nunca deixa seus militantes na mão. E ainda se beneficia de jornalistas amigos, que, em nome do “nenhumladismo”, afirmam que “todos são iguais” etc. É bom ser petista.


Segundo fato: o ex-ministro da Economia e atual ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, aumentou em 20 vezes seu patrimônio em 4 anos. Segundo ele, ganhos decorrentes de uma empresa de assessoria.



Assim como Delúbio, Palocci caiu em desgraça alguns anos atrás, dessa feita por causa da violação do sigilo bancário de um caseiro, que revelou suas idas em Brasília a uma casa suspeita onde aconteciam coisas idem. Tendo ajudado a violar a conta do caseiro, agora ele faz de tudo para que não saibam quanto ele tem em sua conta bancária, e como exatamente ele ganhou essa bolada em tão pouco tempo. E conta para isso com um batalhão de amigos poderosos. A começar pela presidenta-gerenta, que já declarou: “um ex-ministro tem um alto valor no mercado”.



Como se vê, é bom ser petista. Ser petista é ter um alto valor no mercado. E é nunca ter que dar explicações.
GUSTAVO

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