quarta-feira, 25 de maio de 2011

Linguagem e socialismo- parte 2

Comprovada sua velhice e a má-fé que a originou, passemos então à sua estupidez. Como funciona a destruição da linguagem pelo “politicamente correto”? Em que consiste, de fato, esse troço?

Consiste, na esmagadora maioria das vezes, em substituir uma palavra por uma expressão “não-significante”, vazia, ou por uma palavra que possui outro significado. Afro-descendente não é negro. A Charlize Theron é afro-descendente e é mais loira que a Xuxa. Só aí já dá para perceber como é falha essa substituição.

O politicamente correto toma a figura de linguagem como fato. O eufemismo como descrição objetiva. Seus defensores acreditam na idéia de que excluir uma palavra pode eliminar um problema, uma estupidez tão absurda que só uma burrice coletiva sem precedentes pode explicar.
Esse patrulhamento na linguagem se enraizou na nossa cultura, na imprensa e até na literatura. Gerou uma nova forma de censura, muito pior, subliminar, rasteira, que só fortalece a hipocrisia, a falsidade, o puxa-saquismo.


Seguir essa onda idiota, que se replica como vírus, demonstra insegurança, necessidade de aprovação e incapacidade intelectual. Além de confundir o intelecto e limitar a imaginação e o raciocínio, o maldito "politicamente correto" ainda traz um problema maior, de ordem moral: obriga a mentir!

Você está vendo um gordo; sabe que é um gordo; gordo, no dicionário, quer dizer exatamente aquilo que você está vendo, mas para não desagradar os patrulheiros da estupidez, você mente: “horizontalmente avantajado”.
Um exemplo mais sério: quando as palavras que indicam objetos “não-sensíveis” são esquecidas ou substituídas, os conceitos que elas representam vão para o poço do esquecimento já na próxima geração.


Conceitos como saudade, misericórdia, compaixão podem desaparecer da vida cotidiana das pessoas por séculos, para depois serem restauradas após uma convulsão causada pela repressão de instintos naturais. E isto é apenas um dos males dessa doença que infesta toda sociedade ocidental.
Eu vejo a burrice contemporânea, que já é histórica, como conseqüência da destruição da linguagem, um resultado que prova a eficácia de um plano diabólico.

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