Em setembro de 2010, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) comprovou que o Brasil tem 14,1 milhões de analfabetos com mais de 15 anos de idade. A imensidão de gente que sequer distingue uma vogal de uma consoante aumenta perturbadoramente quando somados os que só conseguem rabiscar a assinatura. Em agosto, a Prova ABC constatou que mais de 50% dos alunos matriculados na terceira série do fundamental não são alfabetizados. Nesta semana, os resultados do Enem-2010 revelaram que 53% dos estudantes das escolas públicas estão abaixo da média. Em cada dez unidades da rede oficial, oito foram reprovadas.
Um trecho da crônica de Lya Luft na mais recente edição de VEJA, reproduzida na seção Feira Livre, escancara a falência do sistema educacional. “Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos”.
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