domingo, 25 de setembro de 2011

EM tempos de campanha de desarmamento, é bom saber do que eles tem medo

EXÉRCITO DE UM SÓ HOMEM




Um post modelo para a categoria de comportamento.
Simo Häyhä era um pacato fazendeiro e vivia lá na gelada Finlândia, sossegado em seu canto.

Até que um belo dia, em 1939, a União Soviética resolveu invandir seu país.
Inconformado, resolveu fazer alguma coisa por conta própria.

As invasões aconteciam pela floresta. Então pegou seu velho rifle, enfiou um monte de comida enlatada na mochila e se plantou sozinho no alto de uma árvore, onde passava seus dias dando pipoco em russo.

Sem exército e encarando uma friaca que variava entre 20 e 40 graus negativos.

Ninguém esperava um ataque naquelas condições. Mas começaram a aparecer, do nada, uns furinhos no meio da testa dos soldados, que iam caindo um por um.
A história se espalhou rapidamente e quando descobriram que aquela chacina era obra de um único atirador, o terror se instalou na tropa.

Chamavam o cara de “morte branca”, por causa da camuflagem. Missões inteiras eram montadas. Forças tarefa eram enviadas para o meio das árvores, mas ninguém voltava. Häyhä matava pelotões inteiros.

Derrubava um por um.

Tipo patinho de tiro ao alvo no parquinho de diversões. Péi! Caiu. Péi! Caiu. Péi! Caiu.

Você consegue enxergar o Häyhä nessa foto? Pois é.

Depois tentaram de longe, usando contra-snipers. Foram todos mortos. Ninguém conseguia pegá-lo. Usava técnicas aprendidas na prática para ficar invisível, como miras comuns sem lentes para não refletir o sol, neve na boca para não expor sua respiração, apertava a neve a sua frente para que os tiros não “soprassem”, etc.

A contabilidade de Simo Häyhä depois de 100 dias enfiado na floresta comendo sardinha enlatada, era a seguinte:

• 542 mortos com o rifle

• mais uns 150 mortos com sua SMG

Oficialmente foram 705 mortes creditadas a ele, só nesse periodo.

Nessa altura não havia mais ninguém para enfrentar Simo Häyhä. Com o placar marcando 700 x 0, ninguém mais tinha coragem de fazer nada. Era simplesmete, suicídio.

Aquilo foi indignação e vergonha demais para o exército Russo, que resolveu… bombardear a área. Para matar um único soldado inimigo! Mas mesmo embaixo de uma chuva de bombas e ferido, Häyhä conseguiu escapar.

Até que no dia 6 de março de 1940, já cansado, Häyhä foi finalmente atingido por uma bala explosiva que arrancou metade do seu rosto.

Era o fim do “morte branca”.

Foram anos até conseguir se recuperar, mas sua mandíbula foi refeita e Häyhä acabou voltando a sua vida pacata, como um grande caçador de Alces e criador de cães.

Em 1998, em uma entrevista, perguntaram como ele conseguiu se tornar um atirador tão extraordinário. Respondeu com uma palavra: “Praticando”.

Quando perguntado se havia algum arrependimento por ter matado tantas pessoas, respondeu: “fiz o que precisava ser feito, da melhor maneira possível”. Preciso também com as palavras.

Simo Häyhä é considerado o maior e mais eficiente franco-atirador de todos os tempos. Passou seus últimos anos morando numa pequena vila. Claro, bem na fronteira com a Rússia.

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