Mal venceu a disputa para a vaga no TCU — com a inauguração do “matrismo” em lugar do “nepotismo” —, a deputada Ana Arraes (PSB-PE) já disse a que veio. Segundo ela, paralisar uma obra com suspeita de irregularidade sai mais caro aos cofres públicos. “Quando não paralisa, não causa prejuízo financeiro, não causa prejuízo social. A paralisação, às vezes, sai mais cara”. Repete, assim, crítica já feita por Luiz Inácio Apedeuta da Silva e pela própria Dilma Rousseff quando chefe da Casa Civil.
Ana Arraes é parte de uma ação determinada do Estado Petista — e ela contou com a ajuda de políticos da oposição para chegar lá, destaque-se — de afrouxar todos os mecanismos existentes para controlar e punir o desvio de dinheiro em obras públicas. Lula passou boa parte dos seus oito anos de mandato atacando o TCU. Atuou para tirar determinadas obras da supervisão do tribunal; acusou uma espécie de conspiração contra o seu governo. Decidiu mudar de estratégia. Melhor controlar o tribunal do que brigar com ele.
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