quinta-feira, 22 de setembro de 2011

“Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?” (Juan Arias - Correspondente do El País/España)




ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO

Na prática, a “festa da maconha” é mais um capítulo da revolução cultural anticristã, anti-família, e anti-sociedade que está em curso no Brasil.

Quem deu ou conseguiu o dinheiro para alugar tantos equipamentos? Alguém está patrocinando a “festa da maconha”.

Na última sexta-feira (16), estava marcada para ocorrer dentro das dependências da PUC de São Paulo um festival canábico ou simplesmente “festa da maconha”. A festa teria sido convocada por líderes estudantis pela internet. Segundo a organização do evento aproximadamente 6 mil pessoas teriam confirmado a presença. Por causa dessa “festa” a reitoria da PUC foi obrigada a cancelar todas as atividades universitárias na sexta-feira.

O surpreendente desse fato é que os líderes da “festa da maconha” disseram que estavam lutando por uma causa social. Além disso, alguns articulistas da mídia e da internet chegaram a afirmar que a reitoria da PUC estava com saudades da ditadura militar e, por conseguinte, a atitude de impedir a realização da “festa” seria autoritária e conservadora.

Diante desses fatos é preciso realizar quatro reflexões.
Primeira, a ditadura militar acabou em 1984. Já fazem 27 anos que vivemos sem ditadura. Inclusive temos uma geração que nasceu sem ditadura e que nem se quer sabe o que é isso. Na prática a ditadura militar virou desculpa para qualquer coisa. Por exemplo, se alguém (justiça, polícia, etc) quer impedir uma “festa” de jovens bêbados e drogados, a culpa é da ditadura. É tempo dos articulistas da mídia perceberem que a ditadura acabou e que vivemos em outro contexto social.




Segunda, o Brasil é um país cheio de problemas sociais (analfabetismo, crise no sistema de saúde, problemas de transportes, etc). Sem contar que o atual governo está mergulhado na corrupção e que o PT, partido que governa o Brasil, de forma oficial, deseja acabar com o senado e limitar a liberdade de impressa. Sendo assim, por que então os jovens que se apresentam como “lideranças universitárias”, ao invés de ficarem promovendo festas de apologia às drogas, não vão para as ruas lutarem contra o analfabetismo, contra a corrupção no governo, contra os projetos políticos autoritários do PT? Causas sociais não faltam no Brasil e no mundo



Terceiro, por que a “festa da maconha” tinha que ser dentro das dependências da PUC? São Paulo é uma cidade tão grande, com tantas ruas e parques. Por que os líderes da “festa” não promoveram essa atividade ao ar livre, onde todos os participantes poderiam ficar a vontade para beber e consumir drogas? Como os organizadores da “festa da maconha” iriam impedir que os participantes da festa depredassem e destruíssem o prédio da PUC? A verdade é que a festa foi convocada para ser dentro das dependências da PUC de propósito



Quarto, quem patrocinou a convocação da “festa da maconha” na PUC? Na sexta-feira, dia 16 de setembro, havia na rua ao lado da PUC uma grande quantidade de carros com equipamentos de som, luzes, gerador elétrico e outras coisas. Tudo equipamento alugado. Equipamentos que custam caro. Quem deu ou conseguiu o dinheiro para alugar tantos equipamentos? Alguém está patrocinando a “festa da maconha”. É preciso que as autoridades, o Ministério Público, a Polícia Federal, o setor de inteligência da polícia militar, investiguem quem está por trás da “festa da maconha”. É preciso que a sociedade tome conhecimento de quem está usando o nome de “líder estudantil” para obter benefícios financeiros, afinal droga é algo que custa caro, e talvez até mesmo políticos.


Ivanaldo Santos, filósofo e professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é autor de oito livros.

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