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Uma cruz branca no alto do Morro dos Macacos marca o lugar onde pessoas são queimadas vivas. Um cavalo faminto, com as costelas pulando para fora, está preso perto do local com uma corda. Um campo de futebol próximo está cheio de borracha derretida. Nenhuma partida é jogada ali. A facção que comanda essa favela tem um ritual: membros colocam pneus ao redor de seus inimigos, derramam gasolina e incendeiam os pneus. Uma fumaça negra sobe em direção ao céu. Numa escola aos pés do morro, próximo ao famoso estádio onde a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2016 será realizada, os estudantes ouvem gritos e tapam seus ouvidos. Esse é o Rio da vida real”.
Este é o primeiro parágrafo de um artigo sobre os Jogos Olimpícos do Rio publicado recentemente no site da rede de TV americana ESPN, especializada em esportes. Ironicamente, o título do artigo é “Jogos mortais”.
Procurada, a Prefeitura do Rio não se manifestou. Em nota, a assessoria do governo do estado informou que “o Estado mantém todos os seus compromissos não apenas com o calendário dos jogos, mas com o cidadão. E que a sociedade do nosso estado e de todo o país vem acompanhando as ações e as evoluções com transparência em várias áreas, como na Segurança, na Saúde, e em Infraestrutura, para citar algumas”.
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