Na linha do site WikiLeaks
Plínio Sgarbi
Delação on-line
Agora um canal on-line para denúncias
O site WikiLeaks, de Julian Assange, publicou milhões de documentos secretos contendo informações irrelevantes e outras que jamais seriam reveladas, deixou o governo norte-americano em estado de alerta, pois não se sabia quanta informação havia vazado. Contudo, o teor dos documentos secretos foi insuficiente para motivar uma crise diplomática.
A mídia brasileira também está demonstrando interesse na divulgação de material sigiloso. A Folha de São Paulo, jornal com a segunda maior tiragem do País, criou um novo espaço, no qual documentos secretos poderão ser divulgados - na ideia do jornal, um "painel da transparência".
Trata-se de uma ferramenta do programa Folhaleaks, um canal on-line na Folha.com http://folhaleaks.folha.com.br/ para receber informações e documentos que possam merecer uma investigação jornalística e que permitirá ao leitor enviar sugestões, informações e documentos inéditos capazes de gerar reportagens investigativas elaboradas pela equipe do jornal.
Quem enviar o documento terá a identidade preservada, para evitar possíveis retaliações. O internauta poderá fazer isso de forma anônima e o jornal preservará o anonimato das fontes que não queiram se identificar, procedimento autorizado pela Constituição brasileira quando necessário para garantir o direito à informação.
Dessa maneira, a Folha coloca dados e informações públicas, que teoricamente deveriam ser de livre acesso a todo brasileiro, em uma vitrine.
O indivíduo de vida pública sabe que pode ter essas informações divulgadas a qualquer momento. Tal circunstância poderá ser um importante limitador de ações, pois tende a inibir práticas ilícitas. Não se pode generalizar, mas é aceitável supor que, quando algum líder político tenta evitar a divulgação de alguma informação, há sujeira por perto.
De tempos em tempos, ou melhor, quase que diariamente, pinta um escândalo de corrupção envolvendo dinheiro público. Nota-se que a maioria das denúncias de qualquer escândalo (principalmente se tiver um "figurão" envolvido, e quase sempre há) - o inicio das investigações, não parte através do Ministério Público ou das Policias, e sim, é a Imprensa a primeira a revelar tais escândalo. E não é porque a imprensa investigou a fundo, mas sim, porque alguém, leia-se fonte, mandou de bandeja para os canais informativos. Esse alguém que com certeza, sentindo-se prejudicado nas partilhas das maracutais e nos dividendos dos desvios de recursos público, vingativo, resolveu jogar no ventilador, mais para fazer barulho (aproveitando-se da geral impunidade que impera no país) e derrubar alguns esquemas, na tentativa de se colocar em outros esquemas para que possam, novamente e melhor, beneficiá-lo.
Como "ilustração", abaixo passo por um passeio relacionando quatro desses grandes escândalos nesses 25 anos democráticos:
1- Todos no Brasil sentiram-se prejudicado com o confisco da era Collor. De uma tacada só, com a exigência do recadastramento das Contas Bancarias - com a exigibilidade nominativa da emissão de todos os cheques, Collor não só confiscou/bloqueou o nosso dinheiro em contas bancárias (conta corrente e poupança) como também a : dos banqueiros, políticos, trambiqueiros, grileiros, laranjas, goiabas, os traficantes, o crime organizado (milhares de contas com saldos milionários nunca foram reclamados e ficaram a disposição do governo), os sonegadores ( para esses, os cruzados bloqueados podiam ser liberados para a quitação dos débitos a nação).
... íntegra do texto acesse: http://66.228.120.252/artigos/3244596
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