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O Ministro da Educação Fernando Haddad anunciou que está estudando aumentar o tempo de permanência do aluno na escola, seja pela majoração da quantidade de horas diárias ou do número de dias por ano. Segundo o próprio, o Brasil, que possui uma carga horária relativamente baixa em relação a outros países, atualmente um mínimo de 800 horas, deve perseguir a meta de prover ensino integral até o ano de 2020.
O responsável por esta pasta recorre ao aumento da carga horária como os defensores da volta da CPMF em relação à saúde: desperdiçam prodigamente o que têm para então vir reclamar mais da população. Ora, pois, se o governo, com a atual carga horária, não consegue (ou não quer) fazer os alunos aprenderem sequer as quatro operações básicas, para quê exatamente ele precisa de mais tempo?
Jamais nossos jovens foram tão obrigados a cumprir tão longa jornada estudantil, bem como jamais têm saído de lá tão ignorantes e imbecilizados. Até formar-se em uma faculdade, um estudante alcançará facilmente a idade de pelo menos 23 anos, e dependendo do curso, poderá alcançar até 26 ou 27 anos até que esteja considerado apto para começar a trabalhar! Olhem que estou dizendo isto sem considerar nenhuma repetência nem as dificuldades conjunturais para a obtenção de algum emprego, mas apenas a contagem formal da grade curricular. Isto é demais!
O filósofo alemão Hans-Hermann Hoppe tem acusado os governos de corte socialista (na verdade, praticamente todos os governos, dado o estado contemporâneo generalizado de altíssima intervenção estatal sobre a vida dos índivíduos) de assim agirem propositalmente com a finalidade dupla de desestimular a fecundidade da população e de preparar os estudantes não para a vida como homens e mulheres livres, mas para atenderem à burocracia e à ideologia do estado. Se a acusação é verdadeira ou não, o fato é que funciona. Quanto mais social-democrata ou socialista for um país, mais velho se tornará e sua população tenderá a diminuir. É justamente o que está acontecendo na Europa. A Rússia possui hoje uma população menor e mais pobre do que a do início do século XX. Da mesma forma, quanto mais um país trilha pela senda socialista, menos independência, iniciativa e criatividade se vê entre os cidadãos, que vão se tornando burocratizados, desestimulados e medonhamente avessos a colocar suas cabeças para fora da toca.
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