terça-feira, 20 de setembro de 2011

POR QUE AINDA ESPERO O MESSIAS



Como já disse outras vezes, me mandaram estudar. Foi o que fiz e meu cérebro funciona com uma independência incontrolável. Fiz minha própria imagem. Criei minha própria expectativa.

Na tradição judaica existe um comportamento que deve ser observado: fazer o mundo melhor para preparar a chegada do Messias. Aparentemente Ele não virá consertar, mas, ao contrário, virá quando tudo estiver consertado.

Aí Teco e Tico começaram a discutir o assunto.

Enquanto houver fome no mundo, o Messias não virá.

É preciso acabar a fome. Tecnologia e ciência, já temos o suficiente. Falta vontade política. Falta solidariedade e amor ao próximo.

Precisamos desenvolver a solidariedade e amor ao próximo para preparar a vinda do Messias.

Enquanto existirem analfabetos, o Messias não virá.

O progresso e o desenvolvimento das nações dependem da educação e esta depende de decisões políticas que visem, não ao poder, mas à perfeita convivência entre a pessoas.

Enquanto houver violência no mundo, o Messias não virá.

A humanidade precisa mudar e parar de valorizar a violência, as conquistas, as guerras, a valentia, o desamor. Enquanto nossas crianças brincarem com tanques e armas de guerra, estaremos alimentando nelas o espírito bélico que acaba descambando em violência doméstica e social. Precisamos plantar o amor no coração de nossas crianças. E, quando assistimos ao que está acontecendo em nossas escolas, transformadas em autênticas praças de guerra, perdemos um pouco a esperança de vermos a vinda do Messias. Entretanto, uma decisão política muito bem orientada pode mudar tudo isso.

Enquanto houver injustiça, o Messias não virá.

Precisamos criar leis mais justas que respeitem a natureza e a dignidade humanas, independente de cor, raça, sexo, religião, ideologia ou qualquer outra diferença que exista entre as pessoas. Enquanto apoiarmos culturas exóticas, enquanto permitirmos que índios matem seus filhos por serem doentes, ou gêmeos ou qualquer outro dado que considerem problema, como se filho de índio fosse menos gente do que filhos de branco, não há justiça no mundo. Isto também depende de decisão política. Enquanto alguma religião dissemina o ódio e ensina a matar os que não a professam o Messias não virá.

Concluímos que, ou mudamos a política, ou não veremos a chegada do Messias.

Afinal, o que é o Messias? Não é o consertador, nem mesmo o conserto. É, sim,. O resultado do conserto.

Messias é o mundo com que sonhamos: sem fome, sem miséria, sem pobreza, sem analfabetismo, sem violência, sem injustiça.

Parece utópico?

Cabe a cada um de nós fazer sua parte para preparar a vinda do Messias.

Ester Azoubel

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