segunda-feira, 15 de abril de 2013

ROUBO ELEITORAL NA VENEZUELA


Herdeiro de Chávez, Maduro é eleito na Venezuela; rival não reconhece
Presidente interino venceu opositor Capriles por margem estreita de votos.
Oposicionista reivindica vitória e exige recontagem total dos votos.




Capriles mostrou um maço de papéis que, segundo ele, eram registros de mais de 3.200 "incidentes" irregulares ocorridos durante a votação em que ele perdeu para Maduro por uma estreita margem de votos.

"Nós temos números diferentes", disse, em tom desafiador. "Senhor Maduro, se era ilegítimo antes, agora é mais ainda."

O representante oposicionista no Conselho Nacional Eleitoral pediu uma auditoria em 100% dos votos, medida com a qual Maduro disse concordar.

"Esta luta não terminou. Aqui vamos insistir até que se conheça a verdade", disse.


O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, "herdeiro político" do chavismo, foi eleito neste domingo (14) presidente do país até 2019, em votação realizada 40 dias após a morte do líder Hugo Chávez.

Mas seu rival, o oposicionista Henrique Capriles, não reconheceu a vitória do chavista e pediu uma recontagem total dos votos.

Maduro teve 50,66% dos votos, contra 49,07% de Capriles, segundo Tibisay Lucena, chefe do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Em números absolutos, foram 7.505.338 votos contra 7.270.403.

A vitória foi por uma margem de 1,59 ponto percentual, ou 235 mil votos, muito mais apertada do que o esperado.

A participação foi de 78,71% dos 19 milhões de eleitores cadastrados.


Lucena afirmou que os resultados são irreversíveis, pediu respeito a eles e aconselhou os venezuelanos a se manterem em casa.

Falando a uma multidão de chavistas desde o Palácio de Miraflores, Maduro disse que sua vitória foi "justa e legal", mandou uma mensagem de união aos opositores derrotadas e prometeu manter as conquistas dos 14 anos de governo Chávez.

O presidente eleito afirmou no entanto que apoia uma auditoria nos votos, já pedida pelo integrante oposicionista do Conselho Eleitoral, Vicente Díaz.

Pouco antes do anúncio do resultado, o oposicionista Capriles já havia insinado, via Twitter, sobre uma suposta tentativa de fraude, mas foi rechaçado pelo governo, que o acusou de "irresponsabilidade" em suas declarações.

A notícia da vitória de Maduro foi recebida com fogos de artifício pelos chavistas em Caracas.

Manifestantes da oposição, que acreditavam na vitória de Capriles, foram às ruas batendo panelas e choraram tristes contra o resultado.

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