domingo, 15 de setembro de 2013

A politica como farsa





Por Maria Lucia Victor Barbosa - 08 Set 2013

No teatro da vida, a farsa sempre esteve presente. A hipocrisia, a mentira, a simulação, a impostura, e a bajulação ajudam os vencedores da arena da existência, sobretudo se são dotados da retórica capaz de iludir e convencer.

Na atualidade, o famigerado "politicamente correto", que exclui valores, embaça percepções e nivela por baixo para atingir o que Alexis de Tocqueville denominou de "males da igualdade", elevou ao máximo a farsa como modo de escapar ao julgamento negativo da maioria. A pessoa diz o que se quer que ela diga, e não o que pensa ou sente.

Na política, palco máximo da simulação, a farsa nunca esteve tão exacerbada na medida em que conta com o poderoso auxílio da propaganda, que se sofisticou e se disseminou através dos meios de comunicação, especialmente os televisivos. Esse ápice da arte de fingir chegou ao nosso país com o governo petista, que, finalmente, conseguiu marqueteiros aptos a esculpir imagens ou confeccionar máscaras para compor personagens ideais palatáveis ao gosto popular.

Assim, Lula da Silva, sindicalista esperto, verborrágico, afeito a retórica de porta de fábrica, vestiu a roupagem do operário pobrezinho, necessário à ideologia de esquerda que precisava de um representante do proletariado e, num passe de mágica, virou "estadista". Nada mais longe da verdade, pois Lula de fato é um semianalfabeto que de pobre não tem mais nada, um populista ambicioso e sem escrúpulos que venceu pela sorte e não pelo valor.

Sua fala vulgar, rudimentar, grotesca, e algo circense provocou o sentimento de identidade com a massa, que sendo culturalmente necessitada de proteção viu nele o pai generoso a distribuir caridades oficiais que livraram os mais pobres da "maldição" do trabalho.

Mas ai de quem disser essas coisas do "líder", pois será imediatamente tachado de preconceituoso e marcado com novos significados de certos termos inventados pelo PT. Por exemplo: fulano é da "elite". Elite quer dizer produto de qualidade, mas na "novilíngua" petista passa a significar rico e, portanto, mau. As pessoas não percebem que os mandarins do PT estão riquíssimos e que Lula é o queridinho dos banqueiros, dos empresários empreiteiros que, aliás, sustentam suas ricas campanhas.

Sicrano é de direita. Direita é outro termo no linguajar petista que estigmatiza quem é assim chamado. Ser de direita -- ensina o PT -- é ser atrasado, neoliberal, mau-caráter, aquele que odeia os pobres.

O bom é ser de esquerda, aquela bem totalitária, que matou milhões em nome da causa, impediu a liberdade, infelicitou, oprimiu e igualou o povo na miséria, mas conservando rica a classe dirigente. Curiosamente, o PT nunca conseguiu definir seu "socialismo" e sua classe dirigente adora gozar das delícias da burguesia.

Do alto de sua arrogância, o boquirroto Lula, que gosta de ensinar ao mundo como é que se faz para converter um país em paraíso, elegeu a primeira mulher presidente. E daí? Ela é a mulher submissa, que não dá um passo sem obedecer ao seu dono e senhor, a gerente que não conseguiu tocar nem loja de R$ 1,99.


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