domingo, 8 de setembro de 2013

"MÉDICOS" REPROVADOS

Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior confirmaram os piores temores das associações médicas brasileiras.

Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar no Brasil.

A maioria dos candidatos formou-se em “faculdades” argentinas, bolivianas, e principalmente, cubanas.

As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e quase todos os brasileiros que as procuram não conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais do nosso País.

A “faculdade” cubana mais conhecida é a - Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), de Havana. São estatais, e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica com o governo local.

Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a nenhum processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos políticos da esquerda brasileira.

Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST).

Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira tem insistentemente denunciado a má qualidade da maioria das “faculdades de medicina” da América Latina, alertando que os médicos por elas diplomados não tem condições de exercer a medicina no País.


As entidades médicas brasileiras também lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na ELAM cubana, entre 2005 e 2009, só 25 (menos de 10%) conseguiram reconhecer o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional.

Por isso, o PT, o PC do B e o MST optaram por defender o reconhecimento automático dos diplomas daqueles países, sem precisar passar por exames de habilitação profissional - o que foi vetado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira.

Para as duas entidades, as “faculdades de medicina” de Cuba, da Bolívia e do interior da Argentina tem currículos ultrapassados, estão tecnologicamente defasadas e não contam com professores qualificados.

Em resposta, o PT, o PC do B e o MST recorreram a argumentos ideológicos, alegando que o modelo cubano de ensino médico “valorizaria a medicina preventiva, voltada mais para a prevenção de doenças entre a população de baixa renda do que para a medicina curativa”.

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