domingo, 8 de maio de 2011




O Brasil, país da impunidade e da moralidade frouxa, tem predileção por
bandidos, pois aqui se abrigam desde o terrorista italiano Cesare Battisti
até membros das Farc
. Para piorar e conforme reportagem da Veja de 6 de
abril deste ano, “a Polícia Federal tem provas de que Al Qaeda e outras
quatro organizações extremistas usam o país para divulgar propaganda,
planejar atendados, financiar operações e aliciar militantes”. Desconheço se
o governo brasileiro desmentiu a reportagem ou tomou providências.

Na tragédia da escola de Realengo, no Rio de janeiro, quando um ex-aluno
matou doze adolescentes, a causa do ato tresloucado foi atribuída a mente
perturbada do rapaz e no péssimo exemplo que vem dos Estados Unidos.
Curiosamente, Wellington de Oliveira sonhava jogar um avião contra o Cristo
Redentor para relembrar os aviões que foram atirados nas Torres Gêmeas em
Nova York.
Em uma das fichas da escola quando era estudante, ele escreveu
que sua religião era mulçumana. Em anotações encontradas na sua bolsa havia
o relato de que passava umas quatro horas por dia lendo o Alcorão e que
meditava sobre o atentado de 2001. Finalmente, pede em carta um ritual de
sepultamento que lembra ritos mulçumanos. Nada disso foi levado em conta
para explicar sua atitude.

O presidente Barack Obama agiu certíssimo, mas seria bom que desse uma prova
contundente de que o mundo está mais arejado sem o mensageiro ódio. Caso
contrário, Bim Laden ficará tão vivo quando Elvis que não morreu.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário